Desregulando a natureza: A oficina de Manoel de Barros
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.3.n.2.859Resumo
O presente trabalho tem como finalidade mostrar algumas peculiaridades do fazerpoético de Manoel de Barros. A análise concentra-se no poema “Oficina” do livro Memórias
inventadas: a segunda infância (2006). Pretende mostrar o modo como o poeta opera, manipula as
palavras, tornando-as estranhas, tirando-as da margem ao inseri-las no poema. A invenção toma
proporção literal na obra desse poeta, como podemos ver no poema “Oficina”, em que a proposta é
a de desregular a natureza fazendo um trabalho de desmanche das coisas que pela natureza
obedecem a uma coerência habitual. A natureza, espaço presente em quase todos os poemas do
autor, com a imagem do rio, das formigas, das grutas etc., serve sempre de matéria com a qual ele
brinca de desfazer e refazer o universo poético, utilizando-se do jogo metalinguístico presente em
sua poesia. Do mesmo modo, o poeta constrói seu estilo de fazer poesia com restos de palavras,
empregando, na maioria das vezes, elementos repetidos. Nesse sentido, pensa-se na invenção, na
acepção abrupta de desregular, reinventar o já inventado.
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Publicado
13/05/2014
Como Citar
Gomes Saldanha, D. C., & da Silva, M. C. (2014). Desregulando a natureza: A oficina de Manoel de Barros. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 3(2), 179–190. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.3.n.2.859
Edição
Seção
ARTIGOS