A ictiofauna de igarapés da microbacia do Belmont, um sistema hidrográfico degradado pela expansão urbana na Amazônia Sul Ocidental
DOI:
https://doi.org/10.47209/2317-5729.v.9.n.3.p.120-143Palavras-chave:
Peixes, Riqueza, Diversidade, RondôniaResumo
O conhecimento sobre a ictiofauna de igarapés em áreas degradadas é escasso na Amazônia. Nesse sentido o presente estudo selecionou como área de estudo a microbacia do Belmont, que recorta a zona urbana município de Porto Velho (Rondônia), áreas florestadas e rurais, com os objetivos de inventariar a ictiofauna em igarapés do Belmont ainda preservados e circundados de áreas de floresta de terra-firme degradadas, não degradadas e identificar características ambientais que determinam a composição da ictiofauna nestes cursos de água. As coletas de ictiofauna foram realizadas em seis igarapés, durante a estação das cheias, entre dezembro/2012 e março/2013, em parcelas aquáticas de cinquenta metros. Destas foram registrados os parâmetros ambientais estruturais e os físico-químicos. Registrou-se 651 indivíduos, distribuídos em cinco ordens, 10 famílias, 20 gêneros e 28 espécies. As características ambientais observadas ajudam a elucidar a influência das condições abióticas dos igarapés do Belmont sobre a sua ictiofauna. Apesar da degradação da bacia, os resultados obtidos permitem reconhecer a relevância das áreas preservadas para a ictiofauna dos igarapés. Estes são análogos a refúgios, circundados por diversas pressões que a bacia sofre, mas ainda são capazes de manter uma ictiofauna nos padrões amazônicos.