DA TEORIA À PRÁTICA: O USO DE ESPECTRORADIOMETRIA PARA O ENSINO DE SENSORIAMENTO REMOTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v11i1.7767

Resumo

Recursos tecnopedagógicos podem auxiliar no ensino de sensoriamento remoto (SR), cujo conceitos físicos podem ser de difícil compreensão no processo de aprendizagem. Pensando nisso, este trabalho tem por objetivo elaborar uma proposta de aula prática utilizando a espectroradiometria para o ensino de SR em nível superior, como produto de um estágio docência. Com a disponibilidade de um espectrorradiômetro como recurso tecnológico na instituição, foram coletados dados não-imageadores acerca do comportamento espectral de diferentes alvos da superfície terrestre (vegetação, solo, água e materiais diversos). Os discentes foram estimulados a caracterizar os equipamentos, fazendo relação com o conteúdo teórico ministrado durante as aulas. Após a coleta dos dados, os mesmos elaboraram um relatório sobre a análise da assinatura espectral dos alvos. Durante a prática foi possível sanar dúvidas e motivar o interesse dos discentes sobre o tema de SR, além de promover a experiência e contato com recursos tecnológicos empregados na coleta de dados. Os relatórios produzidos evidenciaram a efetividade da atividade prática para compreensão de diversos conceitos, como fonte da radiação eletromagnética e tipo de sensor (passivo ou ativo), assim como a resposta dos alvos na região do visível. Entretanto, algumas deficiências ainda encontradas e se relacionaram, sobretudo, à interpretação da resposta espectral na região do infravermelho (próximo, ondas curtas e longas), assim como no processo de diferenciar um sensor imageador e não-imageador. Os resultados alcançados possibilitam um aprimoramento da didática apresentada para maior efetividade no ensino de SR.   

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Biografia do Autor

Isadora Haddad, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Bacharel em Gestão e Análise Ambiental na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde integrou o grupo de pesquisa Geotecnologias, meio ambiente e sustentabilidade (GEOSUS), e foi bolsista de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, pela qual realizou pesquisas com ênfase em Hidrologia. Realizou estágio obrigatório na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) na área de Geoprocessamento e Agricultura de Precisão. Mestra em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), atuou com produtos de alta resolução espacial e extração de métricas fenológicas da vegetação para classificação de fitofisionomias de Cerrado. Atualmente é doutoranda no INPE, integra o laboratório TRopical Ecosystems and Environmental Sciences (TREES) e é bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) com um projeto ligado ao Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI). 

Elton Vicente Escobar Silva, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Bacharel em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de São Paulo (2015), com intercâmbio na Universität Hamburg - Alemanha, na área de Tecnologias de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais (2014/2015). Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de São Carlos (2019), com estágio de 6 meses no Laboratório de Hidrologia e Sensoriamento Remoto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA-ARS Hydrology and Remote Sensing Laboratory). Membro do grupo de pesquisa Sistemas e Métodos para Planejamento e Gestão Territorial (INPE). Atua nas áreas de geoinformática, sensoriamento remoto, inundações e alagamentos em áreas urbanas, planejamento urbano e ciências ambientais. Atualmente é doutorando em Sensoriamento Remoto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Vandoir Bourscheidt, Universidade Federal de São Carlos

É professor associado do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde atua desde 2013. Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Santa Maria (2006), mestrado (2008) e doutorado (2012) em Geofísica Espacial (concentração em Ciências Atmosféricas) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Foi bolsista de pós-doutorado do grupo de eletricidade atmosférica (ELAT) do INPE até o início de 2013. Foi pesquisador visitante junto ao INRAE (Institut national de recherche pour l'agriculture, l'alimentation et l'environnement), Antony, França, entre 2019 e 2020. Atua principalmente na área de ciências atmosféricas e SIGs, com ênfase em temas como: climatologia e hidrologia, formação de tempestades, modelagem hidrológica, sensoriamento remoto e geoprocessamento.

Cláudia Maria de Almeida, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - USP (1989), Mestrado em Infrastructure Planning pelo Centre for Infrastructure Planning, Universität Stuttgart, Alemanha (1995), Doutorado em Sensoriamento Remoto - Nível Sanduíche - pelo Centre for Advanced Spatial Analysis - University College London, Inglaterra (2002) e Doutorado em Sensoriamento Remoto - Pleno pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2003). Realizou Pós-Doutoramento em Modelagem Dinâmica Espacial pelo INPE (2004). Atualmente, é Pesquisador Titular III do INPE, onde coordena o Laboratório CITIES. É Professora Credenciada da Universidad Agraria La Molina (Peru) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi Professora Credenciada da USP (POLI e FFLCH), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e da Universidade Federal de Santa Maria, além de Professora Convidada dos Programas de Pós-Graduação em Computação Aplicada e Ciência do Sistema Terrestre do INPE.

Aline Pontes Lopes, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Engenheira Florestal, graduada pela Universidade Federal de Viçosa (DEF/UFV), mestre em Ciências de Florestas Tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (CFT/INPA), e doutora em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (SER/INPE). Tem ampla experiência na organização de levantamentos de campo e processamento de dados de sensoriamento remoto multitemporal ativo (LiDAR) e passivo (óptico) aplicados à ecologia de florestas tropicais, com foco na quantificação de mudanças na estrutura e dinâmica florestal induzidas pelo fogo e relacionadas às mudanças climáticas. Atualmente realiza consultoria em pesquisa para o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, atuando na espacialização de dados e colaborando no desenvolvimento de modelos para quantificação de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa por incêndios florestais.

Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Possui graduação em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (1997), mestrado em Biociências e Biotecnologia pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (2000), doutorado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2004) com Doutorado Sanduíche - University of Edinburgh (2003). Possui Pós-Doutorado pela University of Oxford (2004-2008). Atua como Professor Associado na University of Exeter-UK e atualmente é Pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Atua como chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto e coordena o Grupo de Pesquisa TREES (Tropical Ecosystems and Environmental Sciences group). Atualmente é o Presidente do Comitê Científico do Programa LBA e Coordenador do Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto.

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Publicado

03/05/2024