VIVÊNCIAS DE NEGRITUDE FEMININA EM TRAJETÓRIAS DE MULHERES MIGRANTES HAITIANAS EM SANTIAGO DO CHILE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i1.5120

Palavras-chave:

Geografia e Gênero, Mulheres Negras, Feminidade e Negritude

Resumo

Este artigo tem por objetivo entender como se constituem as identidades das mulheres migrantes haitianas no espaço urbano de Santiago do Chile. Para tanto, leva em consideração que a identidade é um processo e construção geográfica, construindo-se em relação com o gênero, a raça e a classe social. Dessa forma, articulamos as contribuições de Davis (2004), bem como a construção de negritude e os processos de escravidão (FANON, 2009), verificando como se justapõem numa inter-relação dentro da comunidade haitiana, e também com a comunidade chilena. Com isso, tenta-se vincular a vivência teórica com a vivência tangível, por meio de entrevistas realizadas com cinco mulheres haitianas que migraram para o Chile entre o ano 2017 e 2018. A metodologia desta investigação foi elaborada com Snow Ball, a síntese das entrevistas deu-se pelo método de análise de conteúdo de Bardin (1977). A composição das vivencias como estrangeiras, migrantes, haitianas, negras e mulheres é fundamental, pois abre portas ao entendimento intercultural e interseccional, quanto ao simbolismo de discriminação presente em nosso país. É, portanto, uma forma de compreender como estes símbolos estão traduzidos em vivências tangíveis nas corporeidades femininas negras migrantes, em relação com a estrutura de poder hegemônica chilena.

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Biografia do Autor

Martin Ignacio Torres, Facultad de Arquitectura y Urbanismo, Universidad de Chile, Santiago

Subdirector de Género y Diversidades de la Facultad de Arquitectura y Urbanismo. Dirección de Asuntos Estudiantiles FAU –Universidad de Chile. Académico de Escuela de Geografía. Catedra de Geografía y Género. FAU. Universidad de Chile. Doctor en Geografía, Género y territorialidades, UEPG, Paraná-Brasil. Magister en Geografía, Género y producción de espacio urbano, UNESP Sao Paulo-Brasil. Geógrafo de la Universidad de Chile, Santiago de Chile.

Publicado

29/07/2020

Edição

Seção

Artigos