Observa-se no Estado do Paraná um movimento de visibilidade das comunidades tradicionais rurais no “Sistema Faxinal” atrelado à mudança de paradigma para as políticas ambientais. A possibilidade de redirecionar a gestão dos recursos naturais às populações que habitam estas áreas remanescentes contribuiu neste Estado para a criação das ARESUR’S - Áreas Especiais de Uso Regulamentado. A delimitação da reserva legal justapôs-se a própria legitimação de um território-identidade condicionado aos limites fixos da abordagem político-administrativa dos recursos naturais. Diante disso, ascende-se a problemática em torno da questão identitária faxinalense. A vivência cotidiana e as distintas territorialidades que surgem em meio a organização social destes sujeitos inviabiliza a adesão a uma identidade coletiva que se projeta sobre os sujeitos de direitos. O objetivo foi entender a complexidade que faz com que as territorialidades e agrupamentos sociais redefinam o território, o conceito e o sentimento identitário. Parte-se da discussão teórica dos conceitos de território/territorialidade e identidade para compreender o fenômeno de reconhecimento acadêmico-político da comunidade “tradicional” e o autorreconhecimento/autodeclaração pelos sujeitos sociais.