O IMPACTO DE DIFERENTES TIPOS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO SOBRE A POLUIÇÃO DO AR NA MEGACIDADE DE SÃO PAULO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i1.5366

Palavras-chave:

Poluição do ar urbana, variação sazonal, escalas temporais, megacidades, sistema ambiental urbano

Resumo

A poluição do ar é influenciada por fatores naturais e antropogênicos. Quatro pontos de monitoramento (veicular, comercial, residencial e background urbano (BGU))da poluição do ar em São Paulo foram avaliados durante 16 anos, revelando diferenças significativas devidoao uso do solo em todas as escalas temporais. Na escala diurna, as concentrações de poluentes primários são duas vezes mais altas nos pontos veicular e residencial do que no ponto BGU, onde a concentração de ozonio (O3) é 50% mais alta. Na escala sazonal, as concentrações de monóxido de carbono(CO) variaram em 80% devido ao uso do solo, e 55% pela sazonalidade.As variações sazonais ede uso do solo exercem impactos similares nas concentrações de O3 e monóxido de nitrogênio (NO). Para o material particulado grosso (MP10) e o dióxido de nitrogênio(NO2), as variações sazonais são mais intensas do que as por uso do solo. Na série temporal de 16 anos, o ponto BGU apresentou correlações mais fortes e significativas entre a média mensal de ondas longas (ROL) e o O3 (0,48) e o MP10 (0,37), comparadas ao ponto veicular (0,33 e 0,22, respectivamente). Estes resultados confirmam que o uso do solo urbano tem um papel significativo na concentração de poluentes em todas as escalas de análise, embora a sua influência se torne menos pronunciada em escalas maiores, conforme a qualidade do ar transita de um sistema antropogênico para um sistema natural. Isto poderá auxiliar decisões sobre políticas públicas em megacidades envolvendo a modificação do uso do solo.

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Biografia do Autor

Júlio Barboza Chiquetto, Instituto de estudos avançados, Universidade de São Paulo

Atualmente é pesquisador em nível de pós-doutorado no Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP), no Programa USP Cidades Globais, , focado nas questões metropolitanas, onde desenvolve o projeto de pós-doutorado "Impacto das Diretrizes do Plano Diretor Estratégico na Emissão de Poluentes e uisa em Política Ambiental do Depto de Geografia da USP (GEOPO). Tem participado de diversos eventos em parceria profissional com instituições como a Scania Latin America e a Virada Sustentável, além de ter atuado como professor convidado na FAAP, na Faculdade de Saúde Pública (USP) e em 2019, foi pesquisador convidado em colaboração acadêmica com a Universidade de Münster (Alemanha). Doutorado (2012-2016) em Geografia Física pela Universidade de São Paulo, em colaboração com o Depto. de Ciências Atmosféricas - IAG/USP. Sua tese recebeu menção honrosa Prêmio Capes de Tese - edição 2017 na área de Geografia e foi indicada ao prêmio USP Destaques 2017. Mestrado (2005-2008) na Universidade de São Paulo (dissertação indicada ao prêmio Melhor Dissertação biênio 2009-2011 da Associação Nacional de Pós-Graduação em Geografia) e Graduação (2000-2005) em Geografia pela Universidade de São Paulo. 

Maria Elisa Siqueira Silva, Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo

Professora no departamento de Geografia (FFLCH/USP); atua nas áreas de climatologia, variabilidade climática e modelagem climática.

Rita Yuri Ynoue, Departamento de Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo

Professora no departamento de Ciências Atmosféricas (IAG/USP); atua nas áreas de poluição atmosférica, modelagem climática, meteorologia.

Flávia Noronha Dutra Ribieiro, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo

Professora no departamento de Gestão Ambiental (EACH/USP); atua nas áreas de poluição atmosférica, modelagem climática, gestão ambiental.

Débora Souza Alvim, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, São José dos Campos – SP

Pesquisadora no Centro de Previsão de Tempo Estudo Climáticos (CPTEC/INPE), atua nas áreas de química atmosférica, sensoriamento remoto, modelagem climática.

José Roberto Rozante, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, São José dos Campos – SP

Pesquisador no Centro de Previsão de Tempo Estudo Climáticos (CPTEC/INPE), atua nas áreas de meteorologia, sensoriamento remoto, variabilidade climática.

William Cabral-Miranda, Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo - USP, São Paulo

Doutor pelo departamento de Geografia (FFLCH/USP); atua nas áreas de geoprocessamento e geografia da saúde.

Robert John Swap, Divisão de Ciências da Terra, National Aeronautics and Space Administration – NASA

Pesquisador na Divisão de Ciências da Terra, da NASA, atua nas áreas de sensoriamento remoto, ciência ambiental, educação ambiental.

Publicado

01/08/2020

Edição

Seção

Artigos