A religiosidade afro-amazônica Em banco de canoa, de Álvaro Maia, e Batuque, de Bruno de Menezes: a ficcionalização da espiritualidade do homem amazônico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.16.n.1.7616

Palavras-chave:

Poesia, Ficção, Religiosidade afro-amazônica, Sincretismo

Resumo

Este trabalho tem como objetivo analisar como se dá a ficcionalização da espiritualidade do homem amazônico, especialmente o seringueiro ribeirinho, na prosa do amazonense Álvaro Maia e na poesia do paraense Bruno de Menezes, respectivamente os livros Banco de canoa (1997) e Batuque (1966). A pesquisa mostra como se deu o desenvolvimento da fé amazônica, por meio do sincretismo entre as religiosidades cristã, indígena e negra, e como essa nova fé se consolidou e enriqueceu o universo místico regional da Amazônia, transformando-a em poesia e ficção. Nos recônditos da selva amazônica, desenvolveram-se diversas religiosidades, propiciando um ambiente para o mítico poético, com a base teórica de Socorro Santiago (1986), Eduardo Galvão (1995) e Paes Loureiro (1995), entre outros. Conclui-se que a religiosidade do homem ribeirinho é multifacetada, com um forte componente afro-amazônico.

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Publicado

03/10/2023

Como Citar

Maciel Júnior, M. C., & Magalhães Guedelha, C. A. (2023). A religiosidade afro-amazônica Em banco de canoa, de Álvaro Maia, e Batuque, de Bruno de Menezes: a ficcionalização da espiritualidade do homem amazônico. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 16(1), 53–69. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.16.n.1.7616