Elizabeth Bishop em um poema encantatório
"O Ribeirinho"
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.18.n.01.8698Palavras-chave:
Elizabeth Bishop, O Ribeirinho, Encantarias da AmazôniaResumo
: Este artigo discute uma via de leitura de “O Ribeirinho”, escrito pela estadunidense Elizabeth Bishop enquanto morava no Brasil e publicado pela primeira vez em 1960, na The New Yorker. Pensa-se, aqui, o olhar da poeta diante de uma cultura em outridade e sua forma de transpor para uma peça poética o maravilhoso que lhe encanta nesta cultura de recepção, ainda que seu conhecimento do assunto fosse livresco. Adotamos, assim, uma abordagem que destaque a alternância de códigos e posicionamentos epistêmicos observados na escrita e a consequente indicação ao leitor da necessidade de ampliação do olhar para a apreciação deste poema. Quando o saber prévio da poeta e do leitor não lhes é adequado para a matéria, o repertório de formação ocidental estabelecido dá lugar a novos saberes, a aspectos da cultura descoberta no Brasil, em particular no poema em questão, às tradições das Encantarias Amazônicas
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