Narrativas dominantes e marginais: modelos de formação de professores
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2019.3304Palavras-chave:
Formação de Professores. Autobiografias. Reformulação Curricular. Pesquisa-Ação.Resumo
Neste trabalho, pretende-se relacionar o conceito de narrativas com os modelos de formação de professores que predomina(ra)m historicamente e os modelos que vêm se firmando nas últimas décadas, em vários países. Nos modelos emergentes, Ensino e Pesquisa são indissociáveis, as narrativas autobiográficas ganham destaque na formação e (re)construção de identidades pessoais e profissionais. As mudanças curriculares neste sentido implicam em (re)criação de contextos formativos que favorecem o desenvolvimento de capacidades consideradas necessárias nos novos tempos e que priorizam a experiência vivida, a expressão das vivências e um diálogo consigo próprio ampliando o autoconhecimento; o diálogo com os outros, incluindo os que construíram conhecimentos que hoje são referência e o diálogo com a própria situação, sendo a pesquisa-ação um caminho privilegiado na formação de educadores e a escola se torna o lugar privilegiado nesse processo.
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