As políticas educacionais e a educação inclusiva na perspectiva neoliberal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26568/2359-2087.2020.4626

Palavras-chave:

Educação Inclusiva. Políticas Educacionais. Capitalismo. Organismos internacionais.Educação Inclusiva. Políticas Educacionais. Capitalismo. Organismos internacionais.

Resumo

Este ensaio versa sobre as políticas educacionais no campo da educação inclusiva. Pretende-se discutir de que forma os interesses econômicos têm determinado os novos objetivos na educação dentro da perspectiva neoliberal e compreender como a educação inclusiva se insere nesse contexto. Para tanto, a discussão será feita a partir de documentos dos principais programas educacionais propostos no mundo por organismos internacionais (UNESCO, ONU, FMI e BIRD) a partir da década de 1990. Observou-se que a educação inclusiva tem sido guiada por interesses políticos e econômicos, de modo a desonerar o Estado de suas obrigações com assistência social na medida em que propõe a inserção das pessoas com deficiência atuando no mercado de trabalho. Desse modo, as políticas de educação inclusiva dentro do cenário neoliberal têm contribuído para formação de pessoas com deficiência visando atender interesses mercadológicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andreia Alves de Castro, Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Goiás.

Bacharel em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás. Mestranda em Educação pela Universidade Federal de Jataí.

Eveline Borges Vilela-Ribeiro, Universidade Federal de Jataí

Licenciada em Química, Mestre em Ensino de Ciências, Doutora em Química pela Universidade Federal de Goiás. É professora da Universidade Federal de Jataí.

Referências

APPLE, M. W. Educação e poder. Porto Alegre: Artes médicas, 1989.

APPLE, M. W. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

APPLE, M. W. Política cultural e educação. São Paulo: Cortez, 2000.

APPLE, M. W. Trabalho docente e textos: economia política das relações de classe e de gênero em educação. Porto Alegre: Artes médica, 1995.

BALL, S.J. Global education Inc.: new policy networks and the neoliberal imaginary. New York: Routledge, 2012.

BROOKS, A. A. R.; GAUNT, P. M.; LENGNICK-HALL, M. L. Why employers don’t hire people with disabilities. Archives of Psichiatric Nursery, v.22, n.3, p.147-155, 2001.

CHARLOT, B. A mistificação pedagógica: realidades sociais e processos ideológicos na teoria da educação. São Paulo: Cortez, 2013.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2017.

FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva: um (re)exame das relações entre educação e estrutura econômico social capitalista. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 2010.

GANDIN, L. A.; LIMA, I. G. A perspectiva de Michael Apple para os estudos das políticas educacionais. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 42, n. 3, p. 651-664, jul./set. 2016.

HARVEY, D. 17 contradições e o fim do capitalismo. São Paulo: Boitempo, 2014. E-book.

HARVEY, D. Para entender o capital: livro I. São Paulo: Boitempo, 2008. E-book.

LIASIDOU, A.; SYMEOU, L. Neoliberal versus social justice reforms in education policy and practice: discourses, politics and disability rights in education. Critical studies in education, v.59, n.2, p.149-166, 2018.

NAÇÕES UNIDAS. Disability and employment. 2005.

PEREIRA-SILVA, N.L.; FURTADO, A.V.; ANDRADE, J.F.C.M. Workplace inclusion from standpoint of individuals with intellectual disabilities. Trends in psychology, v.26, n.2, 2018.

SILVA JR, J. R.; PIMENTA, A. V. Capitalismo, trabalho e educação: o caso das instituições federais de educação superior. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 6, n. 2, p. 28-41, dez. 2014.

SOUDIEN, C.; SLAUGHTER, S.; APPLE, M. W. Global Education Inc: new policy networks and the neo-liberal imaginary. British Journal of Sociology of Education, v. 34, n. 3, p. 453-466, maio. 2013.

SOUZA, F.F.; PLETSCH, M.D. A relação entre diretrizes do Sistema das Nações Unidas (ONU) e as políticas de educação inclusiva no Brasil. Ensaio, v.25, n.97, p.831-853, 2017.

UNESCO. Declaração mundial sobre a educação para todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Paris, 1990.

UNESCO. Guidelines for inclusion: ensuring access to education for all. Paris, 2005.

UNESCO. Policy guidelines on inclusive education. Paris, 2009.

UNESCO. Inclusive education and accountabilit mechanisms. Paris, 2017.

VILELA-RIBEIRO, E. B. A crise da eficiência para além do espaço escolar: a influência dos capitais social, cultural e econômico no desempenho escolar de ciências/química. 2015. Tese (Doutorado em Química) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2015.

VILELA-RIBEIRO, E.B.; BENITE, A.M.C. Sala de aula e diversidade. Revista Educação Especial, 2013.

WORLD BANK. Education for all: including children with disabilities. Washington, DC, 2003a.

WORLD BANK. Education for all: including children with disabilities. Education Notes. Washington, DC, 2003b.

WORLD BANK. Education for all: the cost of accessibility. Education Notes. Washington, DC, 2005.

WORLD BANK. Learning for all: investing in people’s knowledge and skills to promote development. Washington, DC, 2011.

Downloads

Publicado

31/08/2020

Como Citar

DE CASTRO, A. A.; VILELA-RIBEIRO, E. B. As políticas educacionais e a educação inclusiva na perspectiva neoliberal. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, [S. l.], v. 7, n. 17, p. 788–800, 2020. DOI: 10.26568/2359-2087.2020.4626. Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/article/view/4626. Acesso em: 28 abr. 2024.

Edição

Seção

Ensaios