Ser docente no século xxi: reflexões sobre sabedoria digital

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26568/2359-2087.2021.4992

Palavras-chave:

Ensino-Aprendizagem. TICs. Docência.

Resumo

Pensar no processo de desenvolvimento da sociedade requer refletir sobre o desenvolvimento da comunicação. Na era atual que vivemos, no período técnico-científico-informacional (SANTOS, 1994), há uma ascenção da chamada cibercultura (LÉVY, 1999), que, por sua vez, tem influenciado no processo de ensino-aprendizagem. Neste escopo de análise, é primordial entender a respeito da chamada “sabedoria digital” (PRENSKY, 2012). Assim sendo, o presente trabalho tem como objetivo perfazer uma reflexão sobre a seguinte problemática: qual a relação entre TICs e o contexto educacional, considerando observação junto de docentes do ensino superior de uma Faculdade em Rio do Sul (Santa Catarina)? O percurso teórico-metodológico versa sobre uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e estudo de caso. Para coleta dos dados, foi utilizada a técnica do questionário. Como resultados, se postula que: i) as TICs por si só não contribuem ao processo de [para o] ensino-aprendizagem; ii) é preciso mediação para o uso prudente; iii) é necessária existência de infraestrutura institucional para uso das TICs, bem como, trabalhos de sensibilização; e iv) se faz necessária atuação conjunta de três pilares: 1) sabedoria docente; 2) sabedoria digital; e 3) sabedoria à mediação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rubens Staloch, Faculdade Metropolitana de Rio do Sul (FAMESUL) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/FAED). Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Economista com registro ativo no Conselho Regional de Economia (CORECON/SC). Membro das Comissões de Educação e de Desenvolvimento e Projeção do Profissional Economista do CORECON (SC). Educador Financeiro. Docente na área de Planejamento Urbano e Regional e Urbanismo no Curso de Arquitetura e Urbanismo e na área de Economia e Administração nos Cursos de Gestão da Uniasselvi Famesul, Rio do Sul (SC). Coordenador de Pesquisa e Extensão na Uniasselvi Famesul, Rio do Sul (SC). Tutor Externo na Uniasselvi Polo de Ibirama (SC). Especialista de Ensino no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rio do Sul (SC). Mediador do Programa de Desenvolvimento de Líderes da FIESC SESI SENAI, Rio do Sul e região (SC). Membro dos grupos de pesquisa CNPq Estudos Midiáticos Regionais (FURB) e Natureza e Sociedade: autonomia e relação (UDESC). Atua em pesquisas na Área Capes de Planejamento Urbano e Regional/Demografia, com ênfase em processos de participação, organização em rede, ciberespaço, cibercultura, desenvolvimento urbano e regional e sustentabilidade.

Referências

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações. Dados. Disponível em:< http://www.anatel.gov.br/institucional/noticias-destaque/2005-telefonia-movel-perde-6-67-milhoes-de-linhas-em-12-meses> Acesso em: fev. de 2020.

AGUILAR, B. S. Educação comunitária e novas alfabetizações. In: APARICI, R. Conectados no ciberespaço. São Paulo: Paulinas, 2012. p. 247-267.

APARICI, R. Conectados no ciberespaço. São Paulo: Paulinas, 2012.

APARICI, R.; SILVA, M.. Pedagogy of interactivity. Comunicar, 19 (38), 2012. 51-58.

BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação & Informação, Londrina, v. 13, n. 1 esp, p. 1-25, 2008.

BECKER, F. O que é construtivismo? Revista de Educação AEC, Brasília, v. 21, n. 83, p. 7-15, abr./jun. 1992.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial de Comunicação Social.

Pesquisa brasileira de mídia 2016: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. – Brasília: Secom, 2016.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro, de 1996. Lei de diretrizes e bases da educação nacional – LDB. Disponível em: http://http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm Acesso em: fev. de 2020.

BRASIL. Lei n. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. Acesso em: fev. de 2020.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix/Amana-Key, 1996.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CARNEIRO, H. M. S. O uso das tecnologias como práticas pedagógicas no ensino superior. Dialogia, São Paulo, n. 27, p. 79-92, set./dez. 2017.

CLOUTIER, J. História da comunicação. In: APARICI, R. Conectados no ciberespaço. São Paulo: Paulinas, 2012. p. 47-52.

COBO, C. Plano Ceibal: novas tecnologias, pedagogias, formas de ensinar, aprender e avaliar. In: UNESCO. Experiências avaliativas de tecnologias digitais na educação [recurso eletrônico]. - 1. ed. - São Paulo, SP: Fundação Telefônica Vivo, 2016. 96p.:il. p. 47-54

DIAS, L. C.; SILVEIRA, R. L. (Org.). Redes, sociedades e territórios. 2. ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2007.

DRISCOLL, M. Psycology or Learning for Instruction. Needham Heights, MA, Allyn & Bacon, 2000.

FEUERSTEIN, R.; et al. The Dynamic Assessment of Cognitive Modifiability: the learning propensity assessment device: theory, instruments and techniques. Jerusalem: The ICELP Press, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. (Coleção Leitura) Rio, Paz e Terra, 1970.

FREIRE, P. Ação Cultural para a Liberdade: e outros escritos. 6a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.

FREIRE, P. Cartas a Guiné-Bissau. Rio, Paz e Terra, 1997.

FREIRE, P. Aprendendo com a própria história. Vol. 1. 2 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

GARCIA, R. I. C. TICs: entre o messianismo e o prognatismo pedagógico. In: APARICI, R. Conectados no ciberespaço. São Paulo: Paulinas, 2012. p. 225-246.

GOMES, C.M.A. Feuerstein e a Construção Mediada do Conhecimento. Porto Alegre: Artmed, 2002.

LATOUR, B. Ciência em Ação: como seguir cientistas e engenheiros sociedade afora. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

LATOUR, B. Les “vues” de l’esprit. Une introduction à l’anthropologie des sciences des techniques. Paris: Presse des Mines, 2006. p. 33-69

LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. Salvador: EDUFA, Bauru: EDUSC, 2012.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.

LUGO, M. T.; RUIZ, V. Reflexões em torno dos cenários educacionais de integração em TIC. In: UNESCO. Experiências avaliativas de tecnologias digitais na educação [recurso eletrônico]. - 1. ed. - São Paulo, SP: Fundação Telefônica Vivo, 2016. 96p.:il. p. 85-95

MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagens. São Paulo: EPU, 1995.

MORIN, E. Sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000.

MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

MORIN, E. A Via para o futuro da humanidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

MORRISSEY, J. O uso da TIC no ensino e na aprendizagem: questões e desafios. In: APARICI, R. Conectados no ciberespaço. São Paulo: Paulinas, 2012. p. 269-281.

NICOLESCU, B. O Manifesto da Transdisciplinaridade. Triom: São Paulo, 1999.

PIAGET, J. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1975 [1959].

RECUERO, R. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2011.

SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo – globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1994.

SEEFELDER DE ASSIS, P.; FRANCISCA MACHADO DA SILVA, F. M.. EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS MÓVEIS.CIET:EnPED, [S.l.], maio 2018. Disponível em: <http://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/694>. Acesso em: 15 fev. 2020.

SILVA. S. P. da. Políticas de acesso à Internet no Brasil: indicadores, características e obstáculos. In: Internet e Cultura. Cadernos Adenauer XVI (2015), nº. 3.Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer, agosto 2015.

TOFFLER, A. The third wave. New York: Bantam Books, 1980.

PEDRÓ, F. Educação, tecnologia e avaliação: por um uso pedagógico efetivo da tecnologia em sala de aula. In: UNESCO. Experiências avaliativas de tecnologias digitais na educação [recurso eletrônico]. - 1. ed. - São Paulo, SP: Fundação Telefônica Vivo, 2016. 96p.:il. p. 19-34

PRENSKY, M. Homo Sapiens digital: dos imigrantes e nativos digitais à sabedoria digital. In: APARICI, R. Conectados no ciberespaço. São Paulo: Paulinas, 2012. p. 101 – 144.

STALOCH, R.; ROCHA, I. DE O. Observação multidimensional da pandemia do coronavírus. Confluências | Revista Interdisciplinar de Sociologia e Direito, v. 22, n. 2, p. 131-147, 1 ago. 2020.

STINGHEN, R. S. Tecnologias na educação: dificuldades encontradas para utilizá-la no ambiente escolar. (Monografia de Especialização). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Curso de Especializacão em Educacão na Cultura Digital. 2016.

VYGOTSKY, L. S. El desarrollo de los procesos psicológicos superiores. Barcelona: Editorial Crítica, Grupo editorial Grijalbo, 1978.

Downloads

Publicado

31/12/2021

Como Citar

STALOCH, R. Ser docente no século xxi: reflexões sobre sabedoria digital. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, [S. l.], v. 8, p. 1–20, 2021. DOI: 10.26568/2359-2087.2021.4992. Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/article/view/4992. Acesso em: 6 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Científicos