ATIVIDADES LÚDICAS E HABILIDADES SOCIAIS: AS POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL DENTRO DE CASA DE ACOLHIMENTO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26568/2359-2087.2023.5807

Palavras-chave:

Casa de acolhimento , Habilidades sociais, Educador/cuidador, Atividade lúdica

Resumo

A pesquisa teve como lócus uma casa de acolhimento em Santarém. O objetivo foi investigar as cognições da equipe de educadores/cuidadores sobre atividades lúdicas e o desenvolvimento das habilidades sociais das crianças acolhidas. Especificamente, a) levantar o perfil sociodemográfico dos educadores/cuidadores da casa de acolhimento; b) conhecer as cognições da equipe de educadores/cuidadores sobre atividades lúdicas e habilidades sociais; e d) verificar a existência da relação entre atividades lúdicas e o desenvolvimento de habilidades sociais. Os dados foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas, com perguntas abertas. Para análise foi utilizada a técnica do discurso do sujeito coletivo, com o intuito de aproveitar todas as verbalizações dos participantes. Os resultados apontaram que os educadores/cuidadores ainda possuem muitos desafios para a atuação dentro da casa de acolhimento. Entretanto, possuem cognições voltadas para a importância do desenvolvimento de habilidades sociais dentro da casa de acolhimento, necessitando de capacitação para o desenvolvimento de tais habilidades.

Biografia do Autor

Andréa Imbiriba da Silva, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduada em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará (2004). Especialização em Educação Física Escolar pela Universidade Estadual do Pará (2006). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física e atividade física voltada para a qualidade de vida de empresas e espaços educacionais não formais. Atualmente desenvolvo minhas atividades profissionais na Universidade Federal do Oeste do Pará, com o cargo de Técnica em Assuntos Educacionais. Mestranda do Programa de Pós-Graduação Educação- PPGE, da Universidade Federal do Oeste do Pará, pesquisando Cognições e Habilidades sociais em espaços formais e não formais de educação. Participante do Grupo de pesquisa Cognições e Práticas Formativas Educacionais em Espaços Escolares e não Escolares.

Irani Lauer Lallis, Universidade Federal do Oeste do Pará

É Doutora e Mestra em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (2013), graduada em Psicologia pela Universidade da Amazônia (2003). Atualmente é Docente da graduação em Pedagogia e do Mestrado em Educação (Programa de Pós Graduação em Educação - PPGE) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Tem desenvolvido estudos na área da Psicologia da Educação, Econômica e do Desenvolvimento, com ênfase em temas sobre Socialização Econômica, Cognições e práticas docentes e Habilidades Sociais.

Referências

BARROS, Raquel de Camargo; FIAMENGHI JR., Geraldo A. Interações afetivas de crianças abrigadas: um estudo etnográfico. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 5, p. 1267-1276, out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232007000500024&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 12 out. 2017.

BERALDI, Gabriel Moreira; MATTOS, Francisco Roberto Pinto. O lúdico na EJA multisseriada e a avaliação de um recurso didático. EDUCA-Revista Multidisciplinar em Educação, v. 7, n. 17, p. 1382-1404, 2020.

BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Portugal: Porto Editora, 1994.

BOLSONI-SILVA, Alessandra Turini; MARTURANO, Edna Maria. Práticas educativas e problemas de comportamento: uma análise à luz das habilidades sociais. Estudos de Psicologia, Natal, v. 7, n. 2, p. 227-235, jul./dez. 2002. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2002000200004. Acesso em: 17 out. 2017.

BRASIL. Orientações técnicas para serviços de acolhimento para crianças e adolescentes. Brasília, DF, 2009. Disponível em: http://www.mds.gov.br/cnas/noticias/orientacoes_tecnicas_final.pdf. Acesso em: 10 out. 2017.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 mai. 2016. Seção 1, n. 98, p. 44-46.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Abrigadas. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/cnca/publico/. Acesso em: 17 jul. 2017.

CABALLO, Vicente. Manual de Avaliação e Treinamento das Habilidades Sociais. São Paulo: Editora Santos, 2003.

CAVALCANTE, L. I. C. Ecologia do cuidado: interações entre a criança, o ambiente, os adultos e seus pares em instituição de abrigo. 2008. 510 f. Tese (Doutorado em Teoria e Pesquisa do Comportamento) – Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará, Belém, 2008. Disponível em: http://ppgtpc.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/teses/Lilia%20Cavalcante%202008.pdf. Acesso em: 23 jun. 2017.

CAVALCANTE, L. I. C; MAGALHÃES, C. M. C.; PONTES, F. A. R. Abrigo para Crianças de 0 a 6 anos: Um Olhar sobre as Diferentes Concepções e suas Interfaces. Revista Mal-Estar e Subjetividade, Fortaleza, v. 7, n. 2, p. 329-352, set. 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200006. Acesso em: 23 jun. 2017.

COSTA, Joana Simões de Melo et al. Funções executivas e desenvolvimento infantil: habilidades necessárias para a autonomia. São Paulo: FMCSV, 2016. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/crianca_feliz/Treinamento_Multiplicadores_Coordenadores/Wp_FuncoesExecutivas.pdf. Acesso em: 10 de jun. 2017.

COSCRATO, Gisele; PINA, Juliana Coelho; MELLO, Débora Falleiros de. Utilização de atividades lúdicas na educação em saúde: uma revisão integrativa da literatura. Ata Paulista de Enfermagem, v. 23, p. 257-263, 2010.

DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das Relações Interpessoais: Vivências para o Trabalho em Grupo. 11. ed. Vozes, Petrópolis, RJ, 2014.

DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das Habilidades Sociais na Infância: Teoria e Prática. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

DEL PRETTE, Z. A.; DEL PRETTE, A. Psicologia das habilidades sociais na infância: Teoria e Prática. Petrópolis: Editora Vozes, 2017.

GARCIA TERÁN, M.; MORAN, V. E.; OLAZ, F. O. Dimensiones de las habilidades sociales como predictoras de las habilidades sociales académicas en universitarios. In: Congreso Iberoamericano de Psicología Clínica y de la Salud, 7., 2012, Cordoba. Actas. Cordoba: APICSAAvances 2012 en Psicología Clínica y de la Salud, 2012. Disponível em: http://www.funveca.org/PDFs/Avances2012.pdf. Acesso em: 9 maio 2017.

HARKNESS, S.; SUPER, C. M. O nicho do desenvolvimento: uma conceituação na interface da criança e da cultura. Revista Internacional de Desenvolvimento Comportamental, [S. l.], v. 9, n. 4, p. 545-569, 1986. Disponível em: http://journals.sagepub.com/doi/10.1177/016502548600900409. Acesso em: 14 jul. 2017.

HARKNESS, S.; SUPER, C. M. Culture Structures the Enviroment for Development. Human Development, Storr, Conn., v. 45, p. 270-274, 2002.

IZAR, Juliana Gama. O projeto pedagógico em abrigos. 2007. 137 f. Monografia de Conclusão de Curso (Pedagogia) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

JURDI, A. P. S. et al. Oficinas Lúdicas: Favorecendo Espaços de Encontro para Crianças Abrigadas. Revista Ciência em Extensão, [S. l.], v. 10, n. 1, p. 62-71, 2014. Disponível em: http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/viewFile/889/951. Acesso em: 14 ago. 2017.

LEFÈVRE, Fernando; LEFÈVRE, Ana Maria Cavalcanti. Discurso do Sujeito Coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa. ed. rev. e ampl. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2003.

LEFÈVRE, Fernando; LEFÈVRE, Ana Maria Cavalcanti. Depoimentos e Discurso: uma proposta de análise em pesquisa social. Brasília: Liber Livros, 2005.

MARCELLINO, Nelson. Alguns Sinais para uma proposta utópica de educação: o Lazer como espaço para o lúdico. In: MARCELLINO, Nelson. Pedagogia da animação. Campinas: Papirus, 1990.

MELLO, Simone Gueresi de. O ambiente físico no qual vivem crianças e adolescentes em situação de abrigo. In: MORAIS, Maria da Piedade; COSTA, Marcos Aurélio. (Org.). Infraestrutura Social e Urbana no Brasil: Subsídios para uma Agenda de Pesquisa e Formulação de Políticas Públicas. Brasília: Ipea, 2010. 2 v.

MOTTA, D. C. et al. Práticas Educativas Positivas Favorecem o Desenvolvimento da Empatia em Crianças. Revista Psicologia em Estudo, v. 11, n. 3, p. 523- 532, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pe/v11n3/v11n3a07. Acesso em: 15 jul. 2017.

MURTA, S. G.; DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Prevenção ao Sexismo e ao Heterossexismo entre Adolescentes: Contribuições do Treinamento em Habilidades de Vida e Habilidades Sociais. Journal of child and adolescent Psychology, Lisboa, n. 2, 2010.

ONGARI, B.; MOLINA, P. A educadora de creche. Construindo suas identidades. Tradução F. L. Ortale e I. P. Moreira. São Paulo: Cortez, 2003.

PAIVA, Fernando Santana de; RODRIGUES, Marisa Cosenza. Habilidades de Vida: Uma Estratégia Preventiva ao Consumo de Substâncias Psicoativas no Contexto Educativo. Rev. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3. p. 672-684, 2008.

PEDROZA, R. L. S. Aprendizagem e subjetividade: uma construção a partir do brincar. Rev. Dep. Psicol. UFF, Niterói, v. 17, n. 2, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232005000200006&lng=&nrm=iso>

PRADA, Cynthia Granja; WILLIAMS, Lúcia Cavalcanti de Albuquerque. Efeitos de um Programa de Práticas Educativas para monitoras de um abrigo infantil. Rev. Brasileira Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 9, n. 1, 2007.

RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Metodologia da Pesquisa Aplicável as Ciências Sociais. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

RIBEIRO, Dione Viégas de Almeida; AZEVEDO, Renata Cruz Soares de; TURANO, Egberto Ribeiro. Por que é relevante a ambientação e a aculturação visando pesquisas qualitativas em serviços para dependência química? Ciênc. saúde coletiva [online], v.18, n. 6, 2013.

SILVA, A. P. C.; DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. Brincando e aprendendo habilidades sociais. Jundiaí: Paco Editorial, 2013.

SOUZA, Thaís Oliveira de; CONSTANTINO, Elizabeth Piemonte. O papel do brincar e do desenho no desenvolvimento da linguagem escrita. EDUCA-Revista Multidisciplinar em Educação, v. 7, n. 17, p. 23-43, 2020.

TEIXEIRA, S. R. S.; BARCA, A. P. A. Teoria Histórico-Cultural e Educação Infantil: concepções para orientar o pensar e o agir docentes. In: COSTA, S. A.; MELLO, S. A. (Org.). Teoria histórico-cultural na educação infantil: conversando com professoras e professores. Curitiba: CRV, 2017.

TORRES, Diana de Farias. A Educação de Crianças Residentes em Abrigos. Revista Interação, São Paulo, v. 1, n. 15, p. 50-62, 2015. Disponível em: http://vemprafam.com.br/wp-content/uploads/2016/11/5_Educacao-de-criancas-residentes-em-abrigos.pdf. Acesso em: 24 maio 2017.

Downloads

Publicado

18/06/2023

Como Citar

DA SILVA, A. I.; LALLIS, I. L. ATIVIDADES LÚDICAS E HABILIDADES SOCIAIS: AS POSSIBILIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL DENTRO DE CASA DE ACOLHIMENTO. EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação, [S. l.], v. 10, 2023. DOI: 10.26568/2359-2087.2023.5807. Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/EDUCA/article/view/5807. Acesso em: 7 dez. 2023.

Edição

v. 10 (2023)

Seção

Artigos Científicos

Licença

Copyright (c) 2023 EDUCA - Revista Multidisciplinar em Educação

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).