CIDADE EDUCADORA NA FRONTEIRA AMAZÔNICA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS
DOI:
https://doi.org/10.36026/rpgeo.v6i1.4232Resumen
Trata-se de um estudo de cunho bibliográfico, que tem como situação problema a realidade da cidade fronteiriça de Guajará-Mirim, segundo município mais importante no período da criação do estado de Rondônia, e que atualmente encontra-se passando por sérios problemas na área da saúde, educação, urbanidade, legalização fundiária, dentre outros. Estes problemas são apontados, em sua maioria, por moradores da localidade através das redes sociais. Porém, compreendemos que é possível reverter esta realidade, a exemplo do que ocorre nas dezesseis Cidades Educadoras brasileiras distribuídas em quatro estados. A importância de explorar e disseminar a concepção de Cidade Educadora para municípios fronteiriços reside no fato de que esse tipo de iniciativa faz com que gestores públicos, educadores e cidadãos comuns pensem em políticas públicas que facilitem a integração e a qualificação de seus potenciais espaços de aprendizagem, com objetivo de convidar crianças, jovens e adultos a conhecer, valorizar e vivenciar a cidade. A construção de uma Cidade Educadora propõe que exploremos a cidade como um currículo vivo e dinâmico: a rua ensina e precisamos aprender a ler seu potencial educativo, construindo um profundo significado na relação homem/território e seu papel cidadão.Outra contribuição da Cidade Educadora é colaborar com a requalificação dos conteúdos da educação fronteiriça, ajudando a formatar currículos mais dinâmicos e integrados à cidade, comunidade local e entorno, levando em consideração suas particularidades. Nesse sentido, para entendermos melhor os parâmetros que sustentam o projeto Cidade Educadora, fundamentamos nossos estudos em Freire (2003) quando defende que: “a cidade é cultura, criação, não só pelo que fazemos nela e dela, pelo que criamos nela e com ela, mas também é cultura pela própria mirada estética ou de espanto, gratuita, que lhe damos. Em Arroyo (2012) encontra-se a discussão do direito a tempos-espaços de um justo e digno viver. E por fim, Teixeira (1959) corrobora com a discussão de que o ensino cabe a sociedade, muito pertinente essa abordagem considerando que uma das características do projeto Cidade Educadora é a participação social.Nesse contexto, a escola, torna-se peça fundamental porque é através dela que teremos o reconhecimento como agentes de transformação do território. E, como Guajará-Mirim (Brasil) e Guayaramerín (Bolívia) são consideradas cidades gêmeas fronteiriças, pensar o município na categoria de cidade educadora requer pensar também a sua cidade irmã, ou seja, Guayaramerín com todas as suas demandas, principalmente as educacionais e de saúde. Embora haja consciência de que a realização deste projeto suscitado nesse estudo seja arraigada de desafios, acredita-se que as possibilidades de uma cidade plena de oportunidades educativas, que podem ser potencializadas com a participação social, a intersetorialidade e a inclusão, resultando em igualdade de oportunidades são razões suficientes para a sua aplicabilidade. Nesse contexto, esse estudo tem como objetivo apresentar as características do projeto Cidade Educadora promovendo uma reflexão acerca da possibilidade de sua implantação nos municípios de fronteira, a exemplo, de Guajará-Mirim, vencendo os desafios e focando nas possibilidades que gerem oportunidades de crescimento, de desenvolvimento e valorização do patrimônio cultural.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Este trabajo está licenciado con una Licencia Internacional CreativeCommons Reconocimiento-NoComercial-SinDerivados 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo licenciado simultáneamente bajo la Licencia Internacional CreativeCommons Reconocimiento-NoComercial-SinDerivados 4.0 que permite compartir el trabajo con el reconocimiento de autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Los autores tienen permiso y se alienta a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la cita del trabajo publicado (Ver El Efecto del Acceso Libre).