A variação semântico-lexical maranhense no campo convívio e comportamento social

uma análise dialetal do corpus constituído por questões específicas do ALiMA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.15.n.4.7132

Palavras-chave:

Geolinguística, Léxico, ALiMA, Convívio e comportamento social

Resumo

Dada a riqueza lexical do Maranhão, a equipe do Atlas Linguístico do Maranhão (ALiMA) observou a necessidade de acrescentar 15 questões ao seu Questionário Semântico-Lexical (QSL) - 140, 141, 142, 147, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 154, 155, 156, 157 e 158 – que ajudassem a refletir os usos linguísticos do cotidiano maranhense, referentes a agentes, ações e personagens do comportamento e convívio social. Assim, o estudo em questão se centrou nessas questões específicas acrescidas pelo ALiMA à proposta apresentada pelo Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) ao campo convívio social e comportamento com o objetivo de analisar quais são e de que forma se relacionam entre si as denominações registradas nesse campo, considerando a correlação entre língua e variável dialetal. Visando uma representação espacial que abrangesse as cinco mesorregiões maranhenses, foram selecionados os municípios de São Luís (Norte maranhense), Alto Parnaíba (Sul Maranhense), Tuntum (Centro maranhense), Araioses (Leste maranhense) e Imperatriz (Oeste maranhense). Este estudo esteve embasado nos pressupostos teórico-metodológicos da Dialetologia e da Geolinguística Pluridimensional desenvolvidos, sobretudo, por Cardoso (2010), Aguilera (2005, 2002, 1999), Ramos, Bezerra e Rocha (2010), Razky (2010). Como resultado, as questões que mais se destacaram pelo maior percentual expressivo de denominações fornecidas foram as questões 140, 154 e 152. O fator diatópico, de fato, exerceu considerável influência nas variações encontradas. Pelo exposto, este estudo pode favorecer uma melhor compreensão dos fatores extralinguísticos mais característicos, identitários e representativos do português maranhense, em especial, do diatópico.

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Biografia do Autor

Georgiana Santos, Universidade Federal do Maranhão

possui graduação em Letras, pela Universidade Federal do Maranhão (2001), doutorado em Linguística, pela Universidade Federal do Ceará (2013), mestrado em Linguística, pela Universidade Federal do Ceará (2009), máster universitario en Lingüística Aplicada a la Enseñanza del Español como Lengua Extranjera, pela Universidad Europea del Atlántico (em andamento), especialização em Política de Igualdade Racial no Ambiente Escolar, pela Universidade Federal do Maranhão (2016), especialização em Educação do Campo, pela Universidade Estadual do Maranhão (2015), especialização em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça, pela Universidade Federal do Maranhão (2013), especialização em Docência do Ensino Superior, pela Universidade Cândido Mendes (2005), especialização em Libras, pela UNIASSELVI (em andamento). Atualmente, é professora do Departamento de Letras, da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) - UFMA, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Línguas, Memórias, Identidades e Culturas - GELMIC o qual agrega projetos de pesquisa como o Projeto "Linguagem, identidade e memória: uma abordagem etnoterminológica do léxico dos quilombos urbanos ludovicenses". Professora-pesquisadora do Projeto Atlas Linguístico do Maranhão vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Lusofonia/ UFMA e do Projeto Atlas Linguístico do Brasil/ UFBA. Tem experiência na área de Linguística, atuando, principalmente, nas subáreas: terminologia, etnolinguística, etnoterminologia, lexicologia, lexicografia, dialetologia e atlas linguísticos; na área de ensino de línguas, desenvolvendo pesquisas, especialmente, sobre o ensino de Língua Portuguesa e de Língua Espanhola E/LE; na área de Educação das Relações Étnico-Raciais, com ênfase em educação escolar quilombola, no estudo sociolinguístico e cultural do reggae no Maranhão, no estudo da mulher negra no mercado de trabalho e da etnoterminologia de comunidades quilombolas; e na área de Educação, com ênfase no ensino/aprendizagem de jovens e adultos - EJA e avaliação. 

Referências

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. Geolinguística: tradição e modernidade. São Paulo: Parábola, 2010.

CARDOSO, Suzana Alice Marcelino. Dialetologia. In: Maria Cecilia Mollica; Celso Ferrarezi Júnior. (Org.). Sociolinguística, sociolinguísticas. São Paulo: Contexto, 2016, v. 1

ROMANO, Valter Pereira; SEABRA, R. D.; OLIVEIRA, N. [SGVCLin]. Software

para geração e visualização de cartas linguísticas. Revista de Estudos da Linguagem, 2014, v. 22, p. 119-151. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/5757 Acesso em: 15 dez. 2022.

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Publicado

21/04/2023

Como Citar

Pereira Sousa, K. M., & Santos , G. (2023). A variação semântico-lexical maranhense no campo convívio e comportamento social: uma análise dialetal do corpus constituído por questões específicas do ALiMA. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 15(4), 219–230. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.15.n.4.7132