SUJEITOS DA TRADUÇÃO: CULTURAS, GÊNEROS E DESLOCAMENTOS EM FINISTERRE (2006), DE MARÍA ROSA LOJO
Resumo
O artigo propõe uma análise do romance Finisterre (2005), da escritora argentina María Rosa Lojo, pelo viés dos Estudos da Tradução contemporâneos. O objetivo é demonstrar que através da ficcionalização de elementos históricos a narrativa revela os diferentes modos pelos quais o tradutor cultural atuou no contexto das fronteiras territoriais e culturais do interior da Argentina, durante o século XIX. Com isso, observa-se que a releitura do passado realizada pelo discurso literário aposta na tematização da tarefa do tradutor para problematizar as construções identitárias (gênero e etnia) do presente, marcado por um intenso fluxo migratório global.