A representação e crítica da violência nas narrativas de Márcio Souza e Salomão Larêdo

Autores

  • Erlândia Ribeiro da Silva UNIR - Universidade Federal de Rondônia

DOI:

https://doi.org/10.47209/2594-4916.v.6.n.2.p.134-147

Palavras-chave:

Modernidade, “Olho de Boto”, “A paixão de Ajuricaba”, Violência.

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo examinar o romance “Olho de Boto” (2015), de Salomão Larêdo, e a peça teatral “A paixão de Ajuricaba” (2005), de Márcio Souza, a fim de verificar como os temas da violência, da ditadura militar (1964-1985) e da modernidade, neles, estão configurados. Sob tal enfoque, analisaremos o conteúdo histórico e a forma artística das obras mencionadas acima, considerando, igualmente, a teoria do romance moderno, seguindo as reflexões do crítico Anatol Rosenfeld (1996), bem como a teoria do trágico moderno, sugerida por Yves Stalloni (2007), Raymond Williams (2002), Peter Szondi (2001), entre outros. Assim, a proposta é detectar como os gêneros dramático e romanesco representam um questionamento contra a violência e contra um ideal de modernidade nacional, redimensionando tal indagação a partir da própria estrutura das obras artísticas. Nesse sentido, as experiências, o espírito e a sensibilidade moderna – as quais nos falavam os críticos Marshall Berman (1982) e Anatol Rosenfeld (1996) – nos ajudarão a compreender a obra de Salomão Larêdo e de Márcio Souza. A partir de temas como as relações homoafetivas, holocausto dos índios, civilidade versus incivilidade, violência de gênero e modernidade, em meio a outros aspectos simbólicos, nota-se a problemática em torno de imposições da ditadura e de outras importantes (e urgentes) discussões do nosso tempo moderno. 

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Publicado

11/02/2020

Edição

Seção

Artigos