AS MATRIZES RELIGIOSAS DA AYAHUASCA NO BERÇO DA REGIONALIDADE CABOCLA AMAZÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i2.6034Palavras-chave:
Geografia da Religião, Santo Daime, Barquinha, União do Vegetal.Resumo
Nos países de colonização hispânica além do uso indígena, associado ao xamanismo, há um uso tradicional da Ayahuasca feito pelas populações rurais, por parte dos vegetalistas. No Brasil, a partir do contato entre indígenas e grupos extrativistas, principalmente seringueiros, a Ayahuasca passa ser utilizada em novos contextos. O uso entre os seringueiros costumava ser aleatório, e na maioria das vezes, não transmitiam ensinamentos nem tinham um conjunto doutrinário. Mas foi entre esses seringueiros, que emergiram os homens que criaram as primeiras religiões não indígenas – Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal (UDV) –, que tem por sacramento o chá Ayahuasca.Desde o princípio de sua formação essas religiões têm enfrentado o preconceito, perseguições e, por vezes, tentativas de autoridades locais de proibir o uso da Ayahuasca. A luta em defesa do uso religioso da Ayahuasca encontrou sustentação não só na sua legitimidade religiosa e cultural, mas também em diferentes estudos científicos, com destaque aos médicos e farmacológicos, frente a investidas do aparelho do Estado, que tentaram inúmeras vezes coibir a sua utilização e a liberdade religiosa desses grupos. Tal percursoconduziu a legitimidade juridicamente reconhecida para o uso religioso, no Brasil, aprovado pelo Conselho Nacional Anti-Drogas – CONAD, em Resolução n.° 01, de 25 de janeiro de 2010, e ao reconhecimento legal de seu uso religioso na Suprema Corte dos Estados Unidos, que representou um marco para a liberdade religiosa internacional e o uso ritualístico da Ayahuasca.
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