UM INFERNO PARA O SERINGUEIRO E PARA OS ANIMAIS EM TERRA ENCHARCADA DE JARBAS PASSARINHO
DOI:
https://doi.org/10.48212/c&f.v3i1.5839Resumo
O romance Terra Encharcada de Jarbas Passarinho (1968), apesar de premiado com a maior láurea do Pará, Samuel MacDowel, não é muito explorado nos meios acadêmicos quando se estuda textos literários sobre seringais e seringueiros. O romance teve seu momento de sucesso e depois foi esquecido. Neste artigo investigamos como esta obra explora a questão do seringueiro que sai do sofrido Nordeste para sofrer no “inferno” da Amazônia. Neste caso, não é o inferno verde de Rangel e outros escritores, mas o inferno encharcado vivido pelos seringueiros explorados e caçados pelos seringalistas. Além disso, há o inferno sofrido pelos animais que são a caça de todo o seringueiro, uma vez que se tornam quase a única fonte de alimentação naquele ambiente. Para nossa discussão, usamos um pouco da teoria da Ecocrítica, principalmente com Greg Garrard (1912) bem como textos de estudiosos da Amazônia e dos seringais, como Marcio Souza, J P Loureiro, Antonio Loureiro e Samuel Benchimol entre outros.