EDUCAÇÃO INFANTIL, AFETIVIDADE E LUDICIDADE: ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS NO PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL

Autores

  • ZUILA GUIMARÃES COVA DOS SANTOS UNIR-Universidade Federal de Rondônia
  • JUCILENE GONÇALVES DE OLIVEIRA UNIR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

DOI:

https://doi.org/10.48212/c&f.v5i1.6688

Palavras-chave:

Educação Infantil, Ludicidade, Afetividade

Resumo

O estudo aqui apresentado é um recorte do projeto de extensão Jardins Afetivos: Práticas de Acolhimento e Bem Viver, executado por pesquisadores e estudantes vinculados ao Grupo de Estudos Interdisciplinares das Fronteiras Amazônicas - GEIFA, no período de agosto a outubro de 2021. O projeto buscou responder a uma demanda de instabilidade emocional envolvendo famílias que perderam parentes vitimados pela Covid-19. É a partir desse contexto de luto, isolamento e crise econômica, em que adultos e crianças foram emocionalmente fragilizados, que surge nossa problemática de estudo: É possível contribuir com o desenvolvimento de competências socioemocionais das crianças a partir de encontros pedagógicos através de plataformas digitais? Entendemos que a instabilidade emocional na infância pode desencadear problemas e dificuldades de relacionamento social na vida adulta. Crianças nem sempre esquecem rápido o que passaram. Fundamentamos o nosso estudo na pesquisa empírica qualitativa, a partir das referências metodológicas da pesquisa-ação, a qual tem como um dos principais objetivos produzir conhecimento sobre a realidade a ser explorada e simultaneamente, executar um processo educativo interativo. O foco de nossa pesquisa foram duas estudantes de rede municipal de ensino. Aporte teórico: Vigotsky (1982), Thiollent (1986), Dantas (1992), Gelfer e Perkins (1998), Elias; Sanches (2007), Kozel (2007), Andrade (2010), Grandino (2010), Rau (2011), Rossini (2012), Arruda (2020). Para a coleta das informações utilizamos as seguintes técnicas: entrevista semiestruturada, portfólio de campo, mapa mental e livro de memórias.  A partir deste trabalho, via plataforma digital, fomos oportunizados a vivenciar e experimentar, ações metodológicas lúdicas e afetivas, que contribuíram positivamente para os resultados alcançados. Comprovamos que é possível contribuir com desenvolvimento socioemocional da criança mesmo com intervenções mediadas a partir de espaços virtuais, pois as mesmas, aprenderam a reconheceram seus sentimentos, aprenderam a nomeá-los e diferenciá-los. Os responsáveis perceberam um melhora nas atitudes e comportamento das crianças envolvidas, bem como, o interesse pelas aulas e pelo processo de resolução das tarefas aumentou.

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Biografia do Autor

ZUILA GUIMARÃES COVA DOS SANTOS, UNIR-Universidade Federal de Rondônia

Doutora em Geografia, líder do Grupo Interdisciplinar das Fronteiras Amazônicas – GEIFA da Universidade Federal de Rondônia UNIR, coordenadora do projeto de extensão Jardins Afetivos: Práticas de Acolhimento e Bem Viver

JUCILENE GONÇALVES DE OLIVEIRA, UNIR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

Pedagoga, vinculada ao Grupo Interdisciplinar das Fronteiras Amazônicas – GEIFA da Universidade Federal de Rondônia UNIR

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Publicado

17/01/2022

Edição

Seção

Dossiê Temático: “Infâncias e Cultura escolar: tempos, espaços e linguagens