LIMA BARRETO E AS CLASSES PERIGOSAS
RACISMO E EUGENIA NO COTIDIANO DA CAPITAL NACIONAL
DOI:
https://doi.org/10.69568/2237-5406.2019v2n2e4117Palavras-chave:
eugenia, literatura, sociedade, educação, sociologia urbanaResumo
O fim do século XIX e início do século XX foi um momento de grandes transformações no Rio de Janeiro. O crescimento demográfico na capital do país provocado pelo grande movimento migratório e imigratório acelerou o processo de modernização urbana e a expansão imobiliária. A reboque de tudo isso surgiu a necessidade de intensas reformas tanto sociais quanto estruturais. Elas vieram com melhorias no transporte urbano, aumento da malha viária, expansão do subúrbio e estações de trens, calçamentos, novos e modernos edifícios à moda dos europeus e estadunidenses, como afirma Lima Barreto em seu Diário Íntimo (1952) e conhecido também na obra ficcional Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911). O conceito de “política higienista” relacionada com as precárias condições sanitárias das habitações urbanas, especialmente as coletivas e a denominação que se referia aos marginalizados de “classes perigosas”, foram elementos utilizados para justificarem as perseguições aos pobres que habitavam ainda o centro da Capital Federal.
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