Construções existenciais em memes sobre estupro culposo
uma abordagem sistêmico-funcional
DOI:
https://doi.org/10.69568/2237-5406.2024v10e8297Palavras-chave:
memes, ocorrências, orações existenciais, significadosResumo
Esta pesquisa objetiva analisar os sentidos realizados por orações existenciais, em memes, veiculados na rede social Facebook, acerca do “estupro culposo”, expressão adotada pelo site The Intercept, na (re)categorização do ato sofrido por Mariana Ferrer, vítima de estupro, cujo réu foi absolvido no processo judicial, adotando como aporte teórico as contribuições de Halliday e Mathiessen(2014) e pesquisas desenvolvidas por Fuzer e Cabral (2014) e Sá (2020, 2021a; 2021b). Adotamos a metodologia qualitativa para categorização de usos de processos existenciais no texto emergente meme, que remetem ao caso do “estupro culposo”. Os resultados apontam uma recorrência marcada dos processos existenciais prototípicos, usados para expressar posicionamentos em que o enunciador não marca textualmente autoria, confirmando que o uso de orações existenciais se configura como um recurso recorrente para a produção de enunciados em que o agente do ato de existir não pode ser identificado.
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