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Artigos

v. 7 n. 2 (2020): EDIÇÃO ESPECIAL - 20 ANOS DOS GRUPOS DE PESQUISA GEPGÊNERO E GEPCULTURA

AS MATRIZES RELIGIOSAS DA AYAHUASCA NO BERÇO DA REGIONALIDADE CABOCLA AMAZÔNICA

DOI
https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i2.6034
Enviado
janeiro 8, 2021
Publicado
03/11/2020

Resumo

Nos países de colonização hispânica além do uso indígena, associado ao xamanismo, há um uso tradicional da Ayahuasca feito pelas populações rurais, por parte dos vegetalistas. No Brasil, a partir do contato entre indígenas e grupos extrativistas, principalmente seringueiros, a Ayahuasca passa ser utilizada em novos contextos.  O uso entre os seringueiros costumava ser aleatório, e na maioria das vezes, não transmitiam ensinamentos nem tinham um conjunto doutrinário. Mas foi entre esses seringueiros, que emergiram os homens que criaram as primeiras religiões não indígenas – Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal (UDV) –, que tem por sacramento o chá Ayahuasca.Desde o princípio de sua formação essas religiões têm enfrentado o preconceito, perseguições e, por vezes, tentativas de autoridades locais de proibir o uso da Ayahuasca. A luta em defesa do uso religioso da Ayahuasca encontrou sustentação não só na sua legitimidade religiosa e cultural, mas também em diferentes estudos científicos, com destaque aos médicos e farmacológicos, frente a investidas do aparelho do Estado, que tentaram inúmeras vezes coibir a sua utilização e a liberdade religiosa desses grupos. Tal percursoconduziu a legitimidade juridicamente reconhecida para o uso religioso, no Brasil, aprovado pelo Conselho Nacional Anti-Drogas – CONAD, em Resolução n.° 01, de 25 de janeiro de 2010, e ao reconhecimento legal de seu uso religioso na Suprema Corte dos Estados Unidos, que representou um marco para a liberdade religiosa internacional e o uso ritualístico da Ayahuasca.

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