Explorando o Cronotopo da mata

a representação literária do espaço e do tempo em Yuxin, Alma de Ana Miranda

Autores/as

Palabras clave:

Ana Miranda, Cronotopo, mata, Yuxin, Alma, alteridade

Resumen

Este artigo aborda a construção literária da mata na obra Yuxin, Alma (2009), de Ana Miranda, a fim de explorar a representação de elementos geográficos, especialmente o rio e as plantas, através do olhar da narradora e protagonista Yarina, criação ficcional de uma indígena Kaxinawa do início do século XX. Essas espacialidades pertencentes a mata refletem a biodiversidade natural, sociocultural e a alteridade dos povos originários. Ana Miranda mescla essas riquezas com histórias e mitologias ancestrais, especialmente dos Kaxinawa, proporcionando uma percepção poética e sensorial que convida a “pensar com os sentidos”. O artigo aborda esse espaço-tempo na perspectiva do Cronotopo, de Mikhail Bakhtin (2002), que enfatiza a indissociabilidade entre tempo e espaço na literatura, utilizando-o como metáfora para analisar a condensação do tempo e a ativa participação do espaço no desenvolvimento do enredo e da história.

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Citas

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Publicado

31/05/2024

Cómo citar

Freitas Budin Ferreira , J. (2024). Explorando o Cronotopo da mata: a representação literária do espaço e do tempo em Yuxin, Alma de Ana Miranda. Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 17(1), 54–74. Recuperado a partir de https://periodicos.unir.br/index.php/igarape/article/view/8012

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