A invenção das mulheres
propriedade intelectual, brecha de gênero e efeito Matilda
DOI:
https://doi.org/10.69568/2237-5406.2024v10e8284Palavras-chave:
gênero, patentes no Brasil, produção intelectual, UFCGResumo
O artigo busca contribuir para a compreensão da participação das mulheres em atividades de patenteamento no Brasil, a partir dos dados de produção intelectual das pesquisadoras da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A escolha desta universidade se deve ao esforço de realização de uma radiografia das condições de gênero nesta instituição e pela mesma liderar rankings nacionais de patentes. Pesquisas recentes, como Costa (2015) e Silva (2020), indicam haver graves problemas de desigualdade de gênero no campo da propriedade intelectual no Brasil, nos países latino-americanos e no mundo. Na UFCG, por outro lado, encontramos dados de registros de patentes que indicam uma relevante participação das mulheres. Através do recolhimento e análise destes dados, propomo-nos a produzir indicadores de gênero relacionados à produção científica e ainda, compreender como estes dados corroboram para compreensão das condições de desigualdades de gênero na produção de ciência no Brasil.
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