Qualidade de zonas ripárias em processo de recuperação no município de Rolim de Moura, Amazônia Ocidental, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47209/2317-5729.v.9.n.4.p.39-52Palavras-chave:
indicadores, índice de qualidade, área de preservação permanente, monitoramento ambientalResumo
A cobertura florestal é essencial para a manutenção da qualidade e disponibilidade dos recursos hídricos, portanto, as zonas ripárias degradadas devem ser recuperadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a recuperação de zonas ripárias nas microbacias dos rios D’Alincourt e Manicoré, município de Rolim de Moura/RO, Brasil. A área 1 tem 1,30 ha, e um enriquecimento florestal com 655 mudas de espécies arbóreas nativas, realizado em 04/12/2014. A área 2 tem 0,17 ha, e um plantio de 1.500 mudas de espécies arbóreas nativas, realizado em 04/12/2013. A área 3 tem 0,18 ha, e um plantio de 890 mudas de espécies arbóreas nativas, realizado em 15/12/2013. A avaliação nas zonas ripárias foi realizada 36 meses após o plantio na área 1 e 48 meses nas áreas 2 e 3, com um índice de qualidade, composto por indicadores relacionados a cobertura florestal, erosão hídrica e atributos dos solos. Os valores de referência dos indicadores foram obtidos na literatura, e os pesos mensurados com análise de componentes principais, utilizando os autovalores. As três zonas ripárias têm níveis de qualidade semelhantes, considerados médios (≈ 3), e como principais limitantes os atributos P > matéria orgânica > K+ = Ca2+ > pH = saturação por bases > CTC efetiva > soma de bases. Para melhorar a qualidade das zonas ripárias recomenda-se a aplicação de 2,69 t ha-1 de calcário calcítico na área 1, 2,10 t ha-1 na área 2 e 1,52 t ha-1 na área 3, 50 g planta-1 ano-1 de P2O5, 50 g planta-1 ano-1 de K2O, 60 g planta-1 ano-1 de nitrogênio (ou o plantio anual de Pueraria phaseoloides), e a adoção de práticas de manejo conservacionista para prevenir e/ou mitigar os problemas com erosão hídrica. Nas três áreas é importante realizar a análise de solo anualmente, para monitorar a fertilidade do solo e planejar as futuras recomendações de corretivos e fertilizantes, até a recuperação das coberturas florestais nas zonas ripárias.