Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Artigos

v. 7 n. 2 (2020): EDIÇÃO ESPECIAL - 20 ANOS DOS GRUPOS DE PESQUISA GEPGÊNERO E GEPCULTURA

KAXARARI E MIGUELENO: PERSPECTIVAS FEMININAS SOBRE A ORGANIZAÇÃO DE SEUS TERRITÓRIOS

DOI
https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i2.5587
Enviado
agosto 31, 2020
Publicado
03/11/2020

Resumo

O Estado de Rondônia apresenta uma imensa diversidade de povos originários do Brasil que mantém vivas as suas culturas, línguas e organizações sociais. Destes povos, as mulheres que fazem parte dos grupos que não se encontram em isolamento voluntário, são vinculadas à Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR), primeira organização com caráter exclusivamente feminino e indígena do estado. Para este artigo, entrevistamos duas lideranças femininas indígenas durante a IV Assembleia Ordinária da AGIR, o que nos permitiu notar diferenças entre as realidade dos povos indígenas. A primeira entrevistada é de uma terra demarcada que possui lideranças femininas (cacicas); a terra Kaxarari. E a segunda entrevistada é de Porto Murtinho território onde foi alojado o povo Migueleno, este território ainda não é demarcado como terra indígena e é comandado por homens. Assim, para este trabalho, traçamos uma perspectiva de gênero a respeito da organização territorial e representação dentro de dois territórios com realidades distintas através da fala de suas lideranças femininas.


Referências

  1. ALVES, Hellen Virginia da Silva. SILVA, Maria Liziane Souza. TUPARI, Maria Leonice. Os desafios e conquistas da Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia – AGIR. Anais do VIII Simpósio Internacional de Geografia Agrária (SINGA). Curitiba: 2017.
  2. ALVES, Hellen Virginia da Silva. MATARÉSIO, Larissa Zuim. SOUZA, Eldissandra. NASCIMENTO SILVA, Maria das Graças Silva. As cacicas Kaxarari de Rondônia. Tradição x empoderamento feminino? Anais do 3º Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (CIPIAL). 3 a 5 de julho de 2019, Brasília-DF, Brasil.
  3. ALVES, Hellen Virginia da Silva. Grades invisíveis: as características sócioespaciais da prisão a partir da percepção das mulheres encanceradas na penitenciaria feminina de Rondônia. Dissertação PPGG/UNIR, 2017.
  4. ALVES, Hellen Virginia da Silva. NASCIMENTO SILVA, Maria das Graças Silva. SILVA, Liziane de Souza. TUPARI, Maria Leonice. Os desafios e conquistas da Associação de Guerreiras Indígenas de Rondônia (AGIR). In: Representações e marcadores territoriais dos povos indígenas do corredor etnoambiental Tupi Mondé. ALMEIDA SILVA, Adnilson de (org). 1 ed. Jundiaí: Paco Editorial, 2019.
  5. APIB, Associação dos Povos Indígenas do Brasil. Documento final Marcha das Mulheres Indígenas: “Território: nosso corpo, nosso espírito”. APIB, , 15 ago. 2019. Disponível em: https://apib.info/2019/08/15/documento-final-marcha-das-mulheres-indigenas-territorio-nosso-corpo-nosso-espirito/. Acesso em: 21 jun. 2020.
  6. COMISSÃO PASTORAL DA TERRA (CPT). Conflitos no Campo: Brasil 2019. Goiânia: CPT Nacional, 2020. Disponível em: https://www.cptnacional.org.br/component/jdownloads/send/41-conflitos-no-campo-brasil-publicacao/14195-conflitos-no-campo-brasil-2019-web?Itemid=0. Acesso em 25 ago. 2020.
  7. COSTA, C. L. A presença e ausência do debate de gênero na geografia do ensino fundamental e médio. Revista Latino-Americana de Geografia e Gênero, v. 2, n. 2, p. 76-84, 2011.
  8. DE PAULA, Luís Roberto. A organização institucional do Movimento das Mulheres Indígenas no Brasil atual: notas para começar a pensar. Disponível em: Verdum, Ricardo (organizador). Mulheres Indígenas, Direitos e Políticas Públicas/Ela Wiecko V. de Castilho, et al. - Brasília: Inesc, 2008.
  9. INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL - ISA. Povos Indígenas No Brasil. Kaxarari. Brasília-DF, 2009. Disponível em: http://goo.gl/hcSFyM. Acesso em 25 ago. 2020.
  10. LASMAR, C. Mulheres indígenas: representações. Estudos feministas, p. 143, 1999.
  11. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Relação Das Terras Indígenas De Rondônia. 2006. Disponível em: http://ccr6.pgr.mpf.gov.br/documentos-e-publicacoes/terrasindigenas/terras-indigenas. Acesso: 20/06/2020.
  12. MONAGAS, Ângela Célia Sacchi. União, luta, liberdade e resistência: as organizações de mulheres indígenas da Amazônia Brasileira. 2006. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação (Doutorado) em Antropologia. UFPE. Recife, PE, 2006. 245p.
  13. MONK, J.; HANSON, S. Não excluam metade da humanidade da geografia humana. In: Geografias feministas e das sexualidades: encontros e diferenças, p. 31-54, Ponta Grossa: Todapalavra, 2016.
  14. MOREIRA, Luís Gustavo Guerreiro; ASSIRATI, Maria Augusta. O Estado anti-indígena. Tensões Mundiais, v. 15, n. 29, p. 97-118, 2019.
  15. NASCIMENTO, Luiz Augusto Sousa. Dispersão e etnicidade de um grupo amazônico: a sobreposição da REBIO Guaporé e a transformação dos Migueleno em colonos. ACENO-Revista de Antropologia do Centro-Oeste, v. 5, n. 9, p. 155-170, 2018.
  16. ORTOLAN MATOS, M. H. Mulheres no movimento indígena: do espaço de complementariedade ao lugar da especificidade. In: SACCHI, Ângela; GRAMKOW, Márcia Maria. (Orgs.). Gênero e povos indígenas: coletânea de textos produzidos para o "Fazendo Gênero 9" e para a "27ª Reunião Brasileira de Antropologia". - Rio de Janeiro, Brasília: Museu do Índio/GIZ/FUNAI, 2012.
  17. SACCHI, Ângela; GRAMKOW, Márcia Maria. Introdução. In: SACCHI, Ângela; GRAMKOW, Márcia Maria. (Orgs.). Gênero e povos indígenas: coletânea de textos produzidos para o "Fazendo Gênero 9" e para a "27ª Reunião Brasileira de Antropologia". - Rio de Janeiro, Brasília: Museu do Índio/GIZ/FUNAI, 2012.
  18. SACCHI, Angela. Violências e Mulheres Indígenas: justiça comunitária, eficácia das leis e agência feminina/Violences and indigenous women: communitary justice, effectiveness of laws and female agency. Patrimônio e Memória, v. 10, n. 2, p. 62-74, 2014.
  19. SAMPAIO, Wany; DA SILVA, Vera. Os povos indígenas de Rondônia: contribuições para com a compreensão de sua cultura e de sua história. Porto Velho: Fundação Universidade Federal de Rondônia, Diretoria de Pesquisa e Extensão–DIPEX, 1998.
  20. SILVA, J. M. Geografias feministas, sexualidades e corporalidades: desafios às práticas investigativas da ciência geográfica. Geografias Subversivas: discursos sobre espaço, gênero e sexualidade. Ponta Grossa-PR: Todapalavra, 2009.
  21. TAUKANE, Isabel Teresa Cristina. Na trilha das pekobaym guerreiras kura-bakairi: de mulheres árvores ao associativismo do instituto yukamaniru. Dissertação. Programa de Mestrado em Desenvolvimento Sustentável. UnB, Brasília: 2013.
  22. VIEIRA, Ivânia Maria Carneiro et al. Lugar de mulher: a participação da Indígena nos Movimentos Feministas e Indígenas do Estado do Amazonas. Tese. Programa de Pós Graduação em Sociedade e Cultura da Amazônia. UFAM, Manaus: 2017.
  23. HUSSERL, Edmund. A ideia da fenomenologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1982.

Downloads

Não há dados estatísticos.