A segregação socioespacial, problema típico do meio urbano, expõe parte importante dos cidadãos de baixa renda à uma majoração de seus custos de vida, principalmente por conta dos maiores gastos com transporte, além de dificultar o acesso dos mesmos a uma série de serviços públicos ofertados apenas nas áreas melhor localizadas das cidades. O presente artigo objetiva refletir sobre o processo de segregação socioespacial que acomete os moradores do residencial Pequis em Uberlândia-MG. A pesquisa baseou-se em visitas à área de estudo, além de consultas a livros especializados, textos acadêmicos e legislação específica. Os resultados apontam que o Residencial Pequis, criado em 2016 por meio do Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV, assim como grande parte dos conjuntos habitacionais populares já implementados no Brasil, mantêm o mesmo padrão de localização, que são as periferias das cidades, onde os terrenos são mais baratos e, portanto, mais acessíveis. Conclui-se que o poder público tem como grande desafio compatibilizar o combate ao déficit habitacional existente no país com a necessidade de que as moradias populares sejam ofertadas em áreas melhor localizadas, evitando, por conseguinte, o problema da segregação socioespacial urbana.