DISSEMINAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA PANDEMIA DA COVID-19 NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.36026/rpgeo.v12i1.8226Palavras-chave:
Fluxos estaduais, Propagação, Rede de transporte, PandemiasResumo
A pandemia mais recente a assolar o mundo foi a COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 e que surgiu no final do ano de 2019 em Wuhan, China, chegando ao Brasil em fevereiro de 2020. Nesse contexto, este trabalho visa compreender a disseminação espaço-temporal da COVID-19 no Estado do Rio Grande do Norte, a partir dos fluxos estaduais e interestaduais gerados por meio das rodovias federais que cortam o Estado. Para isso, analisou-se a propagação da COVID-19 no Rio Grande do Norte, Brasil, durante o período de março a outubro de 2020. Inicialmente concentrada em áreas urbanas, com infraestrutura como aeroportos e rodovias federais, a doença se espalhou para regiões rurais ao longo do tempo. Isso reflete a influência dos fluxos populacionais e das redes de transporte na propagação do vírus. Os resultados destacaram que cidades com maior centralidade, como Natal e Mossoró, foram os primeiros focos de infecção, mas o vírus rapidamente se disseminou para municípios menores ao longo das rodovias e por meio de interações sociais. A análise temporal revelou picos de casos confirmados e óbitos, influenciados por fatores como medidas de controle da pandemia, capacidade hospitalar e comportamento da população em relação às medidas preventivas. Concluiu-se que a importância da abordagem espacial e temporal para entender a dinâmica da COVID-19 e planejar respostas mais eficazes. Essas interpretações são fundamentais para orientar políticas de saúde pública, adaptando-as às particularidades de cada região e garantindo uma abordagem integrada e ágil no combate a futuras pandemias.
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