Casas de Memórias A Experiência do Arquivo Público do Rio Grande do Sul
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Resumo
Neste artigo, proponho refletir sobre a prática da Educação Patrimonial e a produção do conhecimento histórico com os estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a partir de uma avaliação da pedagogia da educação patrimonial desenvolvida pelo Arquivo Público do Rio Grande do Sul (APERS). Abordo a problemática a partir da experiência que tive como oficineiro em duas oficinas no APERS no segundo semestre de 2015: uma intitulada “os tesouros da família arquivo” e dirigida ao 7º e 8º anos do Ensino Fundamental; outra intitulada “resistência em arquivo: patrimônio, ditadura e direitos humanos” pensada para o Ensino Médio. A primeira trabalha com documentos que permitem um olhar para o passado escravista do Brasil. Já a segunda reflete sobre o período da ditadura civil-militar brasileira a partir de processos administrativos gerados pelo trabalho da Comissão Especial de Indenização criada em 1997 pelo governo do estado do Rio Grande do Sul com a finalidade de receber e avaliar os pedidos de reparação financeira de presos políticos que sofreram violência física ou psicológica por parte dos agentes do estado dentre os anos de 1961 a 1979
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