A Chapada Diamantina como Espaço de Contenda

Representações e Discursos no Cordel Horácio de Matos, Herói da Chapada Diamantina, de Antonio Alves da Silva

Auteurs-es

Mots-clés :

Nordeste, Nordestino, Cordel, Poder, Discursos, Representações

Résumé

O presente artigo, desenvolvido a partir de pesquisa bibliográfica, apresenta um panorama das bases históricas e culturais do cordel, bem como sua chegada e fixação em terras brasileiras, a partir da região Nordeste. Discute o cordel Horácio de Matos, herói da Chapada Diamantina, de Antonio Alves da Silva (2005), relacionando a obra aos pressupostos teóricos da representação da região e do homem nordestino, presentes nas obras do professor Durval Muniz de Albuquerque Júnior, a partir da perspectiva de análise foucaultiana para se pensar o poder, suas relações, representações, e discursos regionais, como constitutivos de identidades essencializadas, estabelecidas pelos grupos sociais hegemônicos. E, por fim, compara a construção da imagem do coronel Horácio de Matos, com a que forjou uma identidade de Nordeste como lugar do atraso, em oposição ao Sul desenvolvido.

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Bibliographies de l'auteur-e

Fernando da Silva Monteiro, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Professor substituto da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Graduado em Letras Vernáculas pela UNEB (2008). Mestre em Letras pela UNEB (2015). Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Difusão do Conhecimento (UNEB/UFBA).

William de Lima Maia, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Professor Assistente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Difusão do Conhecimento (PPGDC). Mestre em Estudos Culturais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Licenciado em Letras pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL).

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Publié-e

15/12/2021

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Monteiro, F. da S., & Maia, W. de L. (2021). A Chapada Diamantina como Espaço de Contenda: Representações e Discursos no Cordel Horácio de Matos, Herói da Chapada Diamantina, de Antonio Alves da Silva. Afros & Amazônicos, 2(4), 82–94. Consulté à l’adresse https://periodicos.unir.br/index.php/afroseamazonicos/article/view/6996

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