Decolonialidade indígena e pensamento rizomático:

uma reflexão a partir de memórias indígenas

Authors

DOI:

https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.15.n.2.7055

Keywords:

Memória, Escrita de indígenas, Rizoma, Decolonialidade Indígena.

Abstract

In this article, we aim to raise discussions about the indigenous issue from a decolonial perspective. For this, we will make use of narratives and memories present in the writing of indigenous authors, around the history of this encounter with Europeans and the remnants of this relationship. In this sense, we intend to approach indigenous writings that generate concerns and reflections, within the perspective of the rhizome concept presented by Deleuze and Guatarri (1995), taken here as a possibility of establishing relationships between pre-existing knowledge and other knowledge. Otherwise, the detachment of linear thinking, of the colonizer, and opening, as roots, as branches, to other perspectives of the same history, which, due to this expectation, enables new crossings, recognition of alterity and departure from the dominant arboreal model. So, we conclude that indigenous peoples, from the first contact with the colonizer, are harassed, attacked and suffer attempts to erase them: this is part of coloniality, a thought of single “root”. Thence the relevance of the continuous movements of dissociation from coloniality, towards the recognition of subjects, rhizomatic thinking, indigenous decoloniality.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BALLESTRIN, Luciana. América latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política. Brasília, n. 11, p. 89-117, maio - agosto de 2013.

BOSCHILIA, Roseli. Memórias do corpo na escrita autobiográfica de sujeitos vulneráveis. In: DROZDOWSKA-BROERING, I.; MARKENDORF, M. (orgs.). Memórias do corpo. Florianópolis: UFSC, 2020. p. 11-32.

Brô Mc´s. A Vida que eu Levo. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/bro-mcs/a-vida-que-eu-levo.html. Acesso em: 26 out. 2021.

CORACINI, Maria José R. F.; A memória em Derrida: uma questão de arquivo e de sobre-vida, 12/2010, Cadernos de Estudos Culturais, Vol. 2, Fac. 4, p. 125-136, Campo Grande, MS, BRASIL, 2010.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de janeiro: Editora 34. Vol. 1, 1995.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Tradução de Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leão. Rio de Janeiro: Editora 34. Vol. 2, 1995.

GONZAGA, Alvaro de Azevedo. Decolonialismo Indígena. São Paulo: Matrioska Editora, 2021.

HECK, Egon; PREZIA, Benedito. Povos indígenas: terra é vida. – 7. ed. – São Paulo: Atual, 2012.

JECUPÉ, Kaká Werá. A terra dos mil povos: História indígena do Brasil contada por um índio. (2 ed.). São Paulo: Peirópolis, 2020.

KAMBEBA, Márcia Wayna. Índio eu não sou. In GONZAGA, Alvaro de Azevedo. Decolonialismo Indígena. São Paulo: Matrioska Editora, 2021.

MIGNOLO, Walter D.. Colonialidade: O lado mais escuro da modernidade. Tradução de Marco Oliveira. Revista brasileira de Ciências Sociais, vol.32, n.94, 22 jun. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.17666/329402/2017. Acesso em: 27 ago. 2022.

MUNDURUKU, Daniel. Crônicas de São Paulo: um olhar indígena. São Paulo: Callis, 2004.

MUNDURUKU, Daniel. Meu avó Apolinário: um mergulho no rio da (minha) memória. São Paulo: Studio Nobel, 2005.

MUNDURUKU, Daniel. Memórias de Índio: uma quase autobiografia. Porto Alegre, RS: Edelbra, 2016.

POTIGUARA, Eliane. Metade cara, metade máscara. (3ª edição ed.). Rio de Janeiro, RJ.: Grumin, 2018.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino americanas. Tradução de Júlio César Casarin Barroso Silva. Buenos Aires: CLACSO, Cap. 9, p. 107-130, 2005.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. – (CES), Coimbra: Almedina, 2009. Cap. 2, 73-117.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Global, 2015.

SARLO, Beatriz. Tempo passado. São Paulo: Companhia das Letras, Editoraufmg, 2007.

VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. Tradução de Jamille Pinheiro Dias e Raquel Camargo. São Paulo: Ubu editora, 2020.

WALSH, Catherine. Interculturalidade, crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (org). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, p. 11-42, 2009.

WAPICHANA, Cristino; MUNDURUKU, Daniel. Povos indígenas: orientações pedagógicas. Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Currículo da cidade. São Paulo: SME/COPED, 2019.

Published

13/10/2022

How to Cite

Soares, I., & Rocha, P. (2022). Decolonialidade indígena e pensamento rizomático: : uma reflexão a partir de memórias indígenas . Revista De Estudos De Literatura, Cultura E Alteridade - Igarapé, 15(2), 34–52. https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.15.n.2.7055

Similar Articles

<< < > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.