Paragens literárias e encantarias amazônicas em O Guesa e A Queda do céu
palavras de um xamã yanomami
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.18.n.01.8703Palavras-chave:
Sousandrade, O Guesa, Encantarias, Paragens amazônicas, Densidade temáticaResumo
Este artigo visa refletir sobre O Guesa e A Queda do céu: palavras de um xamã yanomami. O objetivo é trazer para discussão a singularidade radical, a sensibilidade poética e a densidade temática de ambas as obras, mostrando ao mesmo tempo como são mostradas as encantarias e as paragens na narrativa contada por Kopenawa e Albert e em Sousandrade. Os passos são os seguintes, contextualização da primeira obra, levantamento de parte da recepção e manifestações do autor. Na sequência, reflexão sobre nos cantos se desenvolvem encantarias e paragens. A ideia é aproximar as obras por meio de suas encantarias e paragens construídas em temáticas, como por exemplo, os sonhos, a dança, a música, os espíritos e o papel que mulheres ocupam. O resultado esperado é mostrar que tanto no texto romântico, como no texto contemporâneo as temáticas podem ser compreendidas como encantarias e paragens. Esperamos que, os resultados mostrem o quanto a obra é potencialmente vanguardista ao abordar temas Amazônicos num século que pouco se ficcionalizava aquele cenário e o ambiente sob a perspectiva daquela cultura. O referencial ancora-se em Castro (2002), Loureiro (2008), Krenak (2019), Kopenawa; Albert (2010), Haroldo e Augusto de Campos (2002), Bosi (1994), Luisa Lobo (2012).
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