Cartografia docente na fronteira
aos caminhos formativos dos professores que atuam com estudantes brasileiros e bolivianos dos anos iniciais
DOI:
https://doi.org/10.69568/2237-5406.2025v11e8374Palavras-chave:
formação de professores, cartografia, fronteiraResumo
O artigo ora apresentado é um recorte de uma pesquisa sobre a formação de professoras do ensino fundamental que atuam no Brasil e maestras que atuam na Educación Primária da Bolívia. A pesquisa foi realizada no período de novembro de 2023 a fevereiro de 2024. A problematização teve como base a seguinte questão: O processo de formação docente das professoras brasileiras e bolivianas considera as relações linguísticas culturais, sociais, políticas e educacionais vividas na fronteira? A fronteira, lócus da investigação, delimita às cidades-gêmeas de Guajará-Mirim/ RO e Guayaramerín/ Beni. Os sujeitos da pesquisa foram professoras brasileiras de Guajará-Mirim e maestras bolivianas de Guayaramerín. Optamos em utilizar a palavra maestra por ser o termo de referência nos documentos orientadores da formação docente na Bolívia. Nosso referencial teórico está fundamentado em Imbernón (2022), que discute a formação inicial e continuada do professor, Santos (2016) sobre representações de fronteiras, Deleuze e Guatarri (2011) sobre a cartografia como caminhos ainda por vir. A metodologia foi fundamentada na pesquisa descritiva qualitativa a partir das técnicas da entrevista semiestruturada e análise documental. Os resultados apontam a Cartografia Docente da Fronteira com base nas principais diferenças da estrutura curricular entre os cursos de formação de professores que vivem nas cidades fronteiriças e as lacunas nos conhecimentos sobre às realidades da fronteira, e em nossas considerações finais apontamos sugestões para políticas educacionais voltadas para formação de professores que atuam com alunos imigrantes em regiões de fronteira.
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