Respiração do solo e dinâmica da liteira fina em Terra Preta de Índio e solos adjacentes, na Amazônia Central

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47209/2317-5729.v.9.n.4.p.7-20

Palavras-chave:

Efluxos de CO2, carbono do solo, coeficiente de mineralização

Resumo

As Terras Pretas de Índio que contêm altas quantidades de matéria orgânica estável estocada no solo por centenas de anos, mesmo em condições edafoclimáticas tropicais, podem vir a ser um modelo para o desenvolvimento de sistemas de produção agrícola sustentáveis; com potencial para reter carbono atmosférico no solo e contribuir na redução da emissão de gases do efeito estufa. Neste trabalho foram avaliados, os efluxos de CO2 na interface solo-atmosfera, a dinâmica da liteira fina em Terra Preta de Índio (TPI), solos de transição (ST), e solos adjacentes (SA), bem como os fatores que controlam estes processos, além do potencial destes solos para acumular carbono orgânico (CO). Foram estabelecidos cinco locais de amostragem, diferenciando as TPI, ST e SA sob florestas secundárias na Amazônia Central. Foram avaliados os efluxos de CO2 do solo in situ (respiração das raízes + heterotrófica), C orgânico, textura, temperatura e umidade do solo, biomassa microbiana, respiração basal (respiração dos microrganismos), quociente metabólico (qCO2) e coeficiente de mineralização (qM). A respiração do solo e a dinâmica da liteira fina foram similares nas TPI, ST e SA, influenciados pela sazonalidade pluviométrica. No entanto, a respiração basal e os coeficientes qCO2 e qM foram em média 31, 50 e 63% menores nas TPI do que nos SA e, o C microbiano 30% maior nas TPI do que nos SA. Isto indicou uma alta eficiência dos microrganismos para usar o CO do solo em TPI comparado aos SA, perdendo pouco por mineralização, o que faz com que as TPI tenham maior potencial de conservação de CO. A influência da textura do solo sobre os fluxos de CO2 nas TPI e SA sugerem que os mecanismos de proteção física da matéria orgânica, associados aos minerais do solo, podem contribuir no maior tempo de residência do CO; no entanto, nas TPI é desconhecido o quanto estes mecanismos participam no acúmulo diferenciado de altas quantidades de CO estável por longo tempo.

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Publicado

2020-12-15

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Meio Ambiente