Influência da densidade de esporos de fungos micorrízicos arbusculares nativos da Savana no desenvolvimento do milho (Zea mays)
DOI:
https://doi.org/10.47209/2317-5729.v.9.n.4.p.21-28Palavras-chave:
Amazônia oriental, Açúcar solúvel total, AcaulosporaResumo
Na relação simbiôntica entre os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) e as plantas, o FMA auxilia na absorção de água e nutrientes minerais pelas plantas, em contrapartida, as plantas fornecem carboidratos aos FMA. No entanto, a proliferação descontrolada de FMA pode ser prejudicial às plantas. Avaliamos o efeito de fungos micorrízicos arbusculares nativos do solo de uma área da Savana em Alter do Chão, no leste da Amazônia Brasileira, no crescimento inicial e metabolismo de carboidratos de mudas de milho. As plantas de milho foram inoculadas com diferentes densidades de esporos de FMA utilizando três tratamentos (T1 = 3,8; T2 = 7,6 e T3 = 30 esporos g-1 de solo) e como controle (C), solo livre de FMA, em um experimento conduzido em casa de vegetação. Aos 18 dias após a emergência foram avaliados os parâmetros de crescimento e a quantificação dos teores de carboidratos nas raízes e parte área. As plantas inoculadas com T3apresentaram área foliar, altura, diâmetro do coleto, massa fresca foliar e total significativamente menor que o controle. A relação raiz/parte aérea foi significativamente maior nos tratamentos de T3 e T1 em relação ao controle. O teor de açúcar solúvel total, açúcar não redutor e amido não variaram significativamente na parte área e raiz, porém o amido foi significativamente menor nos tratamentos de T3 e T1 do que no controle. O teor de açúcar redutor foi maior na parte aérea nos tratamentos T2 e T1. Concluímos que as densidades dos tratamentos T1 e T2 têm um efeito positivo no balanço de açúcar redutor, o que pode conferir uma maior tolerância ao déficit hídrico e a densidade de esporos do T3 tem efeitos negativos no crescimento de milho.