A instrumentação provocada pelos produtos da Nova Cartografia Social traz consigo o processo de reconhecimento do território e de si mesmo capaz de favorecer a tomada de consciência dos indivíduos com limitada afinidade de produção cartográfica, como aqueles que vivem e atuam politicamente nas diversas situações da vida na zona rural e em comunidades tradicionais, em especial, os jovens que detém extrema vulnerabilidade nestes contextos. A partir da análise do fascículo Jovens de Comunidades Tradicionais do Baixo Tocantins, da série Crianças e Adolescentes em Comunidades Tradicionais da Amazônia, pertencente ao Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, em conjunto com referencial bibliográfico, foi possível identificar as demandas e fragilidades que os jovens encontram nos espaços que habitam. Refletir a respeito das situações relatadas no fascículo permite conhecer realidades que se repetem nas mais variadas regiões do País. É perceptível que para a permanência dos jovens e, consequentemente, a manutenção das comunidades tradicionais e ocupação das zonas rurais, é necessário a mobilização social e sistematização das reivindicações. O estabelecimento de melhores condições de vida torna-se uma luta por direitos. Desse modo, é evidenciado a Nova Cartografia Social como importante instrumento a ser utilizado pela juventude rural na compreensão das suas vulnerabilidades e na organização de conhecimentos a fim de que suas demandadas sejam atendidas.