Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas - PPGAS/UFAM. Pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia. Professora do Instituto Federal do Amazonas.
Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia - PPGG-UNIR; mestre em Extensão Rural pela Universidade Federal de Viçosa; bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Membro do Grupo de Pesquisa em Gestão do Território e Geografia Agrária da Amazônia – GTGA e pesquisador do Mini Laboratório de Cartografia Social e Técnicas de Gestão Territorial no Amazonas do IFAM Campus Lábrea.
Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB)
Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas - PPGAS/UFAM. Mestre em Antropologia Social (PPGAS-UFAM). Pesquisadora no Núcleo de Estudos em Políticas Territoriais na Amazônia da Universidade Federal do Amazonas - NEPTA/UFAM.
Neste trabalho, são analisadas narrativas de lideranças indígenas sobre o momento crítico da pandemia da Covid-19, nos municípios amazonenses de Tapauá, Lábrea e Pauini, apontando estratégias de enfrentamento produzidas pelo movimento indígena como resistência ao novo Corona vírus. Essas narrativas foram proferidas no novo contexto social imposto aos indígenas Apurinã e Paumari, nos referidos municípios, situados na região do Médio Purus. Para a coleta dos dados, urilizou-se o acesso às redes sociais, singularmente o whatsapp, em arquivos de áudio. As falas das lideranças participantes da pesquisa evidenciam que a crise sanitária causada pela propagação do vírus agravou fragilidades já vivenciadas, como a política de proteção territorial por parte do Estado brasileiro. Ao mesmo tempo, a restrição imposta pelas autoridades de Estado representou um choque inesperado para muitas aldeias, sobretudo aquelas que dependem de produtos da cidade no seu cotidiano. Assim, as lideranças indígenas se viram, de um momento para o outro, numa verdadeira corrida pelo atendimento à pauta dos auxílios emergenciais, que passou a ser prioritária para o movimento indígena durante esse período.
Referências
ALMEIDA. Alfredo Wagner Berno de. Terra de quilombo, terras indígenas, “babaçuais livre”, “castanhais do povo”, faixinais e fundos de pasto: terras tradicionalmente ocupadas. 2.ª ed, Manaus: PGSCA-UFAM, 2008.
MAXIMIANO, C. A.; FRANCO, M. H. M. Lábrea e o novo coronavírus: Biopolítica e os impactos do isolamento social para os povos e comunidades tradicionais no médio Purus, AM. In: ALMEIDA, A. W. B. de et al. (Orgs.). Pandemia e Território. 1ª ed. São Luís: UEMA, 2020, v. 1, p. 203-238.
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder soberania estado de exceção política da morte. Arte & Ensaios. Revista do PPGAV/EBA/UFRJ. n. 32, dezembro 2016. Diponível em; file:///C:/Users/Samsung/Downloads/8993-17970-1-SM.pdf. Acesso em 29 dez. 2020.
NAVARRO, Joel; SILVA, Mayara; SIQUEIRA, Luziane; ANDRADE, Maria. (2020). Necropolítica da pandemia pela covid-19 no Brasil: quem pode morrer? Quem está morrendo? Quem já nasceu para ser deixado morrer? Scielo Preprint, 2020.