Cuida de parte dos resultados do projeto de pesquisa Análise dos conflitos socioambientais e cartografia social dos povos indígenas do Ceará, em realização no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Definiu-se a centralidade do Estado na promoção de injustiça ambiental e nas práticas descritas de franco racismo ambiental. As corporações foram analisadas como indutoras e a instância do poder público como estrutura para legitimar a expropriação dos sistemas ambientais, transformando-os em recursos para o capital transnacional. As Terras Indígenas (TI`s) Anacé (Municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia), e Kanindé de Aratuba (Municípios de Canindé e Aratuba), foram os territórios evidenciados para as práticas hegemônicas do capital industrial. Portanto, ao caracterizar a barbaria capitalista ante a assimetria de poder, se constatou a essência das práticas cumulativas dos danos aos territórios, à biodiversidade, ao modo de vida e à saúde dos povos originários, regidas pela fúria do grande capital transnacional. Os resultados também evidenciaram a necessidade de identificar e demarcar os seus territórios, ante os preceitos da Justiça Ambiental.