O desmatamento na Amazônia Legal apresentou acréscimos nos últimos anos com a ocorrência de secas e a falta de atuação dos órgãos ambientais fiscalizadores no governo da direita neoliberal. Desde 1988, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais possui um programa de monitoramento do desmatamento nos municípios da Amazônia Legal (PRODES) e os dados disponibilizados em base digital contribuem na elaboração de mapas temáticos. Os mapas dos estados do Acre, Pará, Mato Grosso e Rondônia, produzidos no aplicativo Philcarto, contribuem para a análise dos municípios que mais desmataram entre 2018 e 2019. A região noroeste de Mato Grosso, sudeste do Pará e os municípios de Porto Velho-RO, Feijó, Rio Branco e Sena Madureira-AC estão entre as áreas mais desmatadas. Apenas nos municípios de Altamira e São Félix do Xingu-PA, foram desmatados 1.120 km² de Floresta Amazônica, entre 2018 e 2019. A área de incremento nos 10 municípios mais que mais desmataram corresponde a mais que o dobro do território do município de São Paulo. O uso das imagens dos satélites LANDSAT, CBERS e IRS contribui na produção de dados espaciais e controle do desmatamento nos municípios mais críticos para maior aplicação das leis ambientais e monitoramento das mudanças climáticas.