INTERPRETANDO O SECTOR INFORMAL EM TEMPOS DA COVID-19 NO MERCADO MUNICIPAL DE MASSINGA EM MOÇAMBIQUE ATRAVÉS DA GEOGRAFIA DE COMÉRCIO E CONSUMO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v11i3.8253

Palavras-chave:

Comércio informal, Covid-19, Comerciantes, Mercado

Resumo

A pesquisa enquadra-se na geografia do comércio e do consumo, que pode ser formal ou informal. O sector informal em Moçambique ocupa 75% da população contribuindo para redução de desemprego, fome e pobreza por meio de geração da renda familiar. No município da Massinga a policia tem vindo a vigiar, perseguir e arrancar a mercadoria dos comerciantes informais, por vezes, espanca-os com a justificativa de que não pagam impostos e tornam os espaços municipais sujos. Esta pesquisa visou compreender os impactos do comércio informal em tempos da covid-19 no mercado Municipal de Massinga. Realizou-se um estudo qualiquatitativo com base na revisão bibliográfica, entrevista e observações de campo. Os resultados da pesquisa apontam que o comércio informal foi assolado pelo decreto Presidencial 11/2020 de 30 Março que estabeleceu o Estado de Emergência que limitava o número de pessoas por lugar geográfico, obrigava as pessoas a colocar mascaras, a higienizar constantemente as mãos e utensílios, assim como estabelecimento de horário obrigatório para término de actividades comerciais para 17h:30min. Tendo em conta o carácter do comércio formal, estas medidas obrigaram os comerciantes informais do município de Massinga a aceitaram passar a vender numa banca/barraca fixa atribuída pelas autoridades municipais e outros preferiram realizar o comércio remoto. Diametralmente, alguns comerciantes preferiram manter sua postura informal, chegando por vezes ao incumprimento das normas de prevenção, colocando suas vidas e dos outros em riscos de contaminação da pandemia do covid 19.

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Publicado

04/10/2024

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Como Citar

INTERPRETANDO O SECTOR INFORMAL EM TEMPOS DA COVID-19 NO MERCADO MUNICIPAL DE MASSINGA EM MOÇAMBIQUE ATRAVÉS DA GEOGRAFIA DE COMÉRCIO E CONSUMO. (2024). Revista Presença Geográfica, 11(3), 133-149. https://doi.org/10.36026/rpgeo.v11i3.8253

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