O exílio alterando Geografias em Mario Benedetti
DOI:
https://doi.org/10.47209/2238-7587.v.15.n.1.6818Palavras-chave:
Exílio, Deslocamento, Espaço, Tempo, MemóriaResumo
Em “Geografías”, de Mario Benedetti, conto publicado em 1984 em livro de mesmo título, podemos analisar a relação estabelecida pelo personagem uruguaio exilado político na França com os espaços representados em suas memórias. A experiencia do exílio é tratada de um ponto de vista descentrado, o que fica evidenciado no plural usado no título que aponta para essa variedade de abordagens e perspectivas espaciais. Além da acepção de exílio como afastamento territorial do lugar ao qual se pertence, a obra também aborda de forma metaforizada os deslocamentos que se dão na estrutura interna, na condição mental do personagem, através da relação estabelecida com as pessoas do passado e com o próprio corpo enquanto demarcador temporal e espacial. Serão, portanto, exploradas as categorias espacial (BARTHES; BACHELARD; AUGE) e temporal (BERGSON) a fim de demonstrar a memória dos espaços em deslocamento no conto.
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