Este artigo tem como objetivo analisar a formação territorial, as territorialidades e as formas de resistências dos territórios quilombolas das Áreas das Cabeceiras, município de Óbidos, oeste da Amazônia paraense, bem como compreender as territorialidades existentes no lugar. Foram realizadas uma revisão teórica-conceitual em Anjos (2013), Acevedo e Castro (1998), Funes (1995; 1999), Treccani (2006). Também se realizou 3 trabalhos de campo, cujo instrumento de coletas de dados foi a aplicação de entrevistadas semiestrutradas. A faixa etária dos entrevistados foi entre 56 a 87 anos de idade. Durante a aplicação das entrevistas foi diferenciado o roteiro de perguntas em cada campo realizado, onde foram entrevistados 6 sujeitos, sendo 4 mulheres e 2 homens. A técnica de entrevista foi aplicada aos moradores da Área das Cabeceiras, membros da Associação Remanescentes de Negros da Área das Cabeceiras (ACORNECAB) e lideranças comunitárias que estiveram desde o princípio do movimento para o reconhecimento da área e da afirmação da identidade do território como quilombola.