RELIGIOSIDADE AFRO-AMAZÔNICA: CONDIÇÃO DO BEM-VIVER NA AMAZÔNIA

Autores

  • Reginaldo Conceição da Silva Professor Mestre da Universidade Estadual do Amazonas - UEA Doutorando em Geografia Pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR http://orcid.org/0000-0002-7158-8185
  • Ana Lídia Cardoso do Nascimento Professora efetiva da Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA
  • Sérgio Nunes de Jesus Professor do Efetivo do Instituto Federal de Educação de Rondônia
  • Josué da Costa Silva Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). http://orcid.org/0000-0002-1295-822X

DOI:

https://doi.org/10.36026/rpgeo.v7i2.5605

Palavras-chave:

Pajelança, Religião Afro-Amazônica, Amazonas, Etnografia

Resumo

O presente texto objetiva apresentar breve cenário das religiões afro-amazônicas no contexto amazônico no sentido de indicar características quando relacionadas às práticas culturais, espirituais e sociais tais como: a pajelança indígena e cabocla muito forte ainda na região e que influencia, assim como é influenciada pela religiosidade afro-amazônica. Nesse sentido, buscou-se tecer abordagens acerca das comunidades de terreiro voltado para o culto dos caboclos e sua interinfluência na memória - tanto africanas como indígenas e sua contribuição para o Bem Viver na Amazônia. O Bem Viver aqui é entendido no sentido de uma outra possibilidade de modo de vida, respaldada numa nova relação entre ser humano e natureza e interconectada às diferentes manifestações de vida, sobrevivendo e vivendo dentro do modelo de desenvolvimento capitalista e de globalização instalado no mundo contemporâneo (ACOSTA, 2020, SOLÓN, 2019). Para tanto, são retratadas duas práticas de sagrado na sua inter-relação com a natureza, com a ambiência amazônica; as relações espirituais, cosmológicas, naturais, sociais e culturais instaladas e que geram rebatimentos no sentido de se estabelecer o ato de um Bem Viver. A opção metodológica foi à pesquisa etnográfica a partir das vivências e práticas dos autores, uma vez que, expressam as ancoragens a partir do duplo modo de vida: como acadêmicos e adeptos das comunidades de terreiro. De onde se pode considerar que as práticas espirituais, sociais e culturais dos povos originários africanos e indígenas podem contribuir de maneira expressiva à conquista da qualidade de vida na Amazônia - pautado no modo de produção.

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Biografia do Autor

Reginaldo Conceição da Silva, Professor Mestre da Universidade Estadual do Amazonas - UEA Doutorando em Geografia Pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR

Professor da Universidade do Estado do Amazonas. Pesquisador do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia(UEA/UEMA); do Gep Cultura (UNIR) e do Núcleo de Estudos SocioAmbientais da Amazônia.(UEA)

Ana Lídia Cardoso do Nascimento, Professora efetiva da Universidade Federal Rural da Amazônia/UFRA

Doutora em Ciências do Desenvolvimento Sócioambiental/Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido-Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA)/UFPA. Mestre em Planejamento do Desenvolvimento-PLADES-Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA-UFPA

Sérgio Nunes de Jesus, Professor do Efetivo do Instituto Federal de Educação de Rondônia

Pós-Doutor em Educação/UFLO. Doutor em Ciências da Educação/UTIC. Mestre em Linguística/UNIR. Licenciado em Letras Português-Inglês/UNEB. Acadêmico do curso de Licenciatura em Historia/UNIUBE. Escritor, músico e poeta

Josué da Costa Silva, Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

Pós Doutor pela Universidade Estadual de Londrina (2016)Doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2000). Mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1994)

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Publicado

03/11/2020