A escola rural mineira em meio ao analfabetismo, ao êxodo rural e à expansão demográfica
DOI:
https://doi.org/10.26568/2359-2087.2020.5484Palavras-chave:
Minas Gerais. Escola rural. Analfabetismo. Êxodo rural. Expansão demográfica.Resumo
O objeto deste é investigar sobre a escola rural mineira em seu movimento de institucionalização, no decorrer do período entre os anos de 1930 e 1961, em torno do qual também se movimentava a paulatina constituição do tecido urbano ou, como quer Henri Lefebvre (2004), o processo de corrosão dos resíduos de vida agrária. A referida periodização se explicita, por um lado, pelos marcos designados por Revolução de 1930, entre os quais se encontra a denominada Era Vargas (1930-1945) – que foi responsável pela criação do Ministério da Educação e Saúde Pública em 14/11/1930, poucos dias após a posse em 03/11/1930, além de outras realizações na área educacional - e pela Lei n° 4.024, de 20 de dezembro de 1961, que fixou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (a primeira LDB). Trata-se de uma pesquisa documental, fundada nas mensagens dos governadores do Estado de Minas Gerais e em algumas mensagens dos Presidentes da República, mas associada às estatísticas educacionais presentes não somente nas mensagens mineiras. Em termos de problematização histórico-educacional, a qual é correlata à hipótese, o enfrentamento de tal objeto implica três aspectos correlatos: analfabetismo, êxodo rural e crescimento demográfico nas décadas demarcadas pela periodização.Downloads
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